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Wolfgang Tillmans

Exposición / Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP) / Av. Pedro Alvares Cabral, s/nº – Parque Ibirapuera / São Paulo, Sao Paulo, Brasil
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Cuándo:
27 mar de 2012 - 27 may de 2012

Inauguración:
27 mar de 2012

Comisariada por:
Felipe Chaimovich, Hans Ulrich Obrist, Julia Peyton-Jones, Sophie O Brien

Organizada por:
Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP)

Artistas participantes:
Wolfgang Tillmans

ENLACES OFICIALES
Web 
Etiquetas
Fotografía  Fotografía en Sao Paulo 

       


Descripción de la Exposición

Wolfgang Tillmans, um dos maiores artistas alemães da atualidade e primeiro fotógrafo a ganhar o Turner Prize (2000), escolheu pessoalmente o Museu de Arte Moderna de São Paulo para fazer sua primeira individual na América do Sul. A exposição, que vem da Serpentine Gallery, de Londres, ganha montagem e recorte exclusivos para a Grande Sala do museu pelas mãos do próprio artista, com obras que não estavam na versão anterior, caso de dois vídeos. Wolfgang Tillmans tem abertura no dia 27 de março (terça-feira), às 20h, e curadoria de Felipe Chaimovich, Julia Peyton-Jones, Hans Ulrich Obrist e Sophie O'Brien.

 

Nascido em Remscheid (Alemanha), em 1968, e dividindo seu tempo atualmente entre Londres e seu estúdio em Berlim, Tillmans coleciona prêmios e exposições, entre coletivas e grandes individuais, na Europa e América do Norte. Ele foi o primeiro fotógrafo a ganhar, em 2000, o prestigioso Turner Prize, que elege os artistas com menos de 50 anos que fizeram a melhor apresentação de seu trabalho (em exposição ou não) nos doze meses anteriores, concedido pela Tate Britain.

 

Desde criança, o artista sempre foi um aficionado pelas estrelas e pela organização científica do universo. Graças à observação dos astros por telescópio, ele desenvolveu um conhecimento astronômico considerável para um diletante. Sua prática fotográfica surgiu como um desenvolvimento dessa paixão pelas lentes como meio de captação da luz, seja das estrelas, seja das imagens.

 

Essa visão científica não se converteu em uma maneira estanque de ver o mundo. Principal opositor da Escola de Düsseldorf na atualidade, Wolfgang Tillmans absorve a heterogeneidade comtemporânea compondo panoramas belos e sem sentido, como uma representação de um universo que já não se explica matematicamente.

 

Em meados dos anos 1970, a Escola de Düsseldorf surgiu na Alemanha como uma reiteração pela fotografia artística da ideia científica de que o universo podia ser conceituado por meio de sequências matemáticas lógicas, uniformes, organizadas. Acreditar em um mundo completamente explicado por séries numéricas ordenadas trouxe a vontade de catalogação, como se fosse possível registrar todas as variáveis e chegar a uma noção fechada da realidade ao redor.

 

Tomando como exemplo o casal Bernd e Hilla Becher, expoentes dessa corrente e fotógrafos incansáveis de inúmeras variações de um mesmo tipo de construção, como chaminés, casas, fábricas, guindastes e afins, essa escola usava um estilo limpo, frontal e tecnicamente perfeito, próprio da foto documental, e é ainda hoje a principal influência dos mais importantes fotógrafos alemães da atualidade, como Andreas Gursky, Candida Höffer e Thomas Struth, todos eles alunos do casal.

 

A partir dos anos 1940, as teorias de harmonia do universo caíram por terra e ficou provado que as leis matemáticas lineares não poderiam explicar alterações súbitas em séries numéricas aparentemente organizadas (a chamada teoria do caos). Tillmans, partindo desse raciocínio, faz uma oposição programática à forma de registrar e considerar o mundo da Escola de Dusseldorf. Utilizando-se da mesma linguagem visual limpa e ordenada, ele capta cenas banais, quando não efeitos óticos abstratos e o trânsito dos astros.

 

A forma como o fotógrafo expõe seu trabalho também é absolutamente original: as fotos podem estar emolduradas, penduradas por ganchos ou em fios, ou mesmo coladas diretamente na parede. Tillmans cria agrupamentos irregulares de imagens de dimensões variadas, sejam elas enormes ou mínimas. Algumas fotografias podem aparecer mais de uma vez.

 

O resultado é um universo colorido e multifacetado, em que nada parece ser tão insignificante que não mereça figurar nas constelações fotográficas espalhadas pelas paredes. Assim, Tillmans inscreve no universo a trajetória humana em sua dimensão errática e efêmera, eternizando a poesia que iguala o homem às estrelas, ou seja, a captação instantânea da luz que ambos refletem.

 


Entrada actualizada el el 26 may de 2016

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