Descripción de la Exposición
Os planos para o Complexo da Barragem de Belo Monte começaram em 1975 no auge de uma ditadura militar no Brasil. Iria ser construído no rio Xingu, lar da primeira reserva indígena do Brasil. Em 1989, os Kayapo, uma tribo de guerreiros temendo pela saúde do rio que os sustentava, montou uma campanha pública massiva em oposição a esta construção. Os financiadores internacionais prontamente retiraram o seus apoios e o projeto foi arquivado. Em 2007, o Brasil anunciou o Programa de Crescimento Acelerado. Um dos pilares foi a construção de mais de 60 grandes projetos hidroelétricos na Amazónia nos 15 anos que se seguiam, com Belo Monte em primeiro plano. A energia gerada abasteceria iniciativas de mineração e movimentaria cidades a milhares de quilômetros de distância. Quase concluída, Belo Monte é considerada a quarta maior barragem do mundo, e desalojou quase 40.000 pessoas. As barragens hidroeléctricas são apontadas como fontes limpas e renováveis de energia, porém o impacto das grandes barragens é imenso, são centenas de quilómetros quadrados de terras inundadas e ecossistemas fluviais transformados permanentemente, reservas de peixes devastadas, e alterações na qualidade da água da qual os povos dependem. Na Amazónia, são libertadas grandes quantidades de metano, um poderoso gás de efeito estufa, enquanto novas infraestruturas, população e crescimento económico abrem as portas da floresta para o aumento da extração de madeira, mineração e agricultura. O resultado é uma erosão acelerada da Floresta Amazónica e o sacrifício de culturas e comunidades que dependem dos ecossistemas fluviais e florestais para a sua subsistência.
Exposición. 11 sep de 2020 - 31 oct de 2020 / Galeria do Paço da UMinho / Braga, Portugal
Exposición. 13 dic de 2024 - 04 may de 2025 / CAAC - Centro Andaluz de Arte Contemporáneo / Sevilla, España
Formación. 01 oct de 2024 - 04 abr de 2025 / PHotoEspaña / Madrid, España