Descripción de la Exposición
exposição Watú não está morto! reúne obras e instalações de 11 artistes brasileires pela primeira vez nos espaços expositivo e de convívio do Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo. A exposição foi pensada como parte das comemorações da efeméride dos 60 anos do instituto, dedicado a pensar o Brasil em diversos aspectos, sociais, culturais, étnicos e históricos. Ela nasce como fruto de uma parceria oportuna entre o SESI/SP e a USP. Temos muito certamente a comemorar, mas muito mais sobre o que refletir criticamente, em especial nos tempos incertos que correm. Esse projeto tem por objetivo apresentar uma proposta mais inclusiva e democrática que possa representar a diversidade étnica e cultural brasileira. Os temas abordados estão relacionados a questões sociais da atualidade, tais como a questão de gênero e de raça, a destruição das florestas e de seus povos, a relação cada vez mais dependente do indivíduo contemporâneo dos meios tecnológicos e o lugar do Brasil no plano global de desenvolvimento para o qual países pobres ainda são vistos apenas como locais para a extração de matéria prima bruta. Interessa-nos, em particular, refletir sobre o apagamento da produção intelectual de mulheres, negros, lgbtqi+, pobres, nordestinos, indígenas e periféricos. O convite a artistes foi feito no sentido de expressarem através de suas respectivas poéticas as visões e angústias sobre o Brasil atual. Watú não pretende separar o terreno estético do político. Ao contrário, a exposição mostra de modo contundente, a partir da diversidade de posições, lugares de origem e afirmações de gênero não binário, como o Brasil está permanentemente em xeque por conta da violência (que é histórica), da injustiça social, do apagamento da memória coletiva, da destruição da natureza e do cerceamento da maioria do povo às riquezas tão prometidas pelos mandatários de todos os tempos. Watú é a designação em língua krenak, originária das terras brasileiras, para o Rio Doce, que na história recente sofreu com uma tragédia de dimensões catastróficas e foi considerado morto em razão da quantidade de dejetos e de lama de mineração que recebeu. Simbolicamente o título é referência um Brasil que, apesar das tragédias, tem ainda perspectiva de futuro, desde que olhe para suas raízes e para seu povo.
Participam as artistes Agrippina R. Manhattan, Cinthia Marcelle, Gê Vianna, Gu da Cei, Lyz Parayzo, Luana Vitra, Luisa Puterman, Sabyne Cavalcanti, Sônia Gomes, Teta Marie Carangi, Uyra Sodoma. A curadoria é da artista e curadora Maíra Ortins, do historiador Fabrício Reiner e do professor Luiz Armando Bagolin (IEB/USP).
Exposición. 31 oct de 2024 - 09 feb de 2025 / Artium - Centro Museo Vasco de Arte Contemporáneo / Vitoria-Gasteiz, Álava, España