Descripción de la Exposición
Manter os olhos fechados por instantes, como se respirassem em atmosfera rarefeita, renova sua fala não verbal. O gesto é requerido para travar contato com imagens provenientes da experiência com o contemporâneo, uma vez que o agora completa-se com ideias e imagens que surgem no momento em que há bloqueio do campo de visão circunstancial. Daí cochilar para espantar hipnoses que chegam de assolapo, que se instalam à revelia do que importa à vida. Outra maneira de fechar os olhos é o piscar, que funciona como convite incessante à manutenção do estado contemplativo, além de garantir a lubrificação das córneas ao longo do estado de vigília. O automatismo que interrompe a visão pode aproximar imagens visíveis, intercaladas entre um gesto e outro das pálpebras, com cenas preservadas por tempo imemorável. A montagem de Viver em um mundo abstrato reúne um corpo de obras que corresponde ao ato de fechar os olhos para reintegrar partes soltas do corpo e de memórias, como um rito de ecdise ao revés. Cabeças com os olhos fechados e sinos que ecoam vibrações sonoras inaudíveis, braços desintegrados que exercitam afagos e tentam segurar o que há de inestimável no mundo, são pedaços de corpos em metal que apresentam o percurso vagueante, de distanciamento e aproximação, que a obra de Albano Afonso sugere como meio de acesso ao abstrato contido na potência de base dez. Apenas o limite da percepção sensorial define o abstrato como imagem ininteligível. Tão perto quanto longe, o acréscimo de expoentes negativos e positivos indica a perda de definição do que parecia precisamente delineado no mundo. Viver o mundo abstrato, povoado por figurações, instantes e pulsações, ocorre com a percepção potencializada tanto em direção ao infinito quanto ao infinitesimal. Neste contexto, respirar e piscar funcionam com o mesmo propósito: trata-se de buscar partes de corpos perdidas no decorrer dos anos, recuperá-las para dentro do corpo-memória. Ao interrogar a quantidade de corpos que obtivemos ao longo de uma vida, olhar detidamente para cabeças, braços e mãos sobre os quais assumimos propriedade temporária, assim como para as veias que se multiplicam e permitem o pulsar do corpo, abstrações ganham forma e tornam a experiência do eterno, que atravessa a obra do artista, uma manifestação que desacelera estímulos e permite a troca de pele sem a experiência do amargor e da angústia.
Grandes Eventos, 08 nov de 2018
#loquehayquever en Brasil: Un recorrido por la tercera edición de Art Weekend São Paulo
Por Paula Alonso Poza
Medio centenar de galerías de São Paulo y otras ciudades brasileñas se suman al evento de apertura más destacado del país, que se celebra del 9 al 11 de noviembre. ...
Exposición. 09 nov de 2018 - 22 dic de 2018 / Casa Triângulo / São Paulo, Sao Paulo, Brasil
Exposición. 17 nov de 2024 - 18 ene de 2025 / The Ryder - Madrid / Madrid, España
Formación. 23 nov de 2024 - 29 nov de 2024 / Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía (MNCARS) / Madrid, España