Descripción de la Exposición
“Vivace” não corresponde a um andante grazioso , não é allegro e não é vivo, está entre os dois, não é um nem é outro, um pouco um, um pouco o outro, é mais alegre que o allegro , mais lento que o vivo , mas é, sobretudo, cheio e articulado.
Na teoria musical italiana, o tempo de uma composição é o seu
andamento, ou seja, a referência escrita ao tempo de execução, mostrado acima do pentagrama e, indispensável para a interpretação da peça musical, pois estabelece a dificuldade da composição, influenciando assim o estilo da atuação.
Embora as indicações de tempo existam em quase todas as línguas faladas, as bases da música clássica levam à utilização regular de indicações em línguas europeias, em particular em italiano. Os instrumentos que participam numa execução do género são, claramente, os mesmos de um adagissimo ou de um grave , mas tais instrumentos adquirem uma identidade mais marcante para a modalidade expressiva neste específico tempo musical - exprimem-se pelo que são e, acima de tudo, é realçada a sua variedade acústica evidenciando-lhes a cor, a forma e o movimento.
Aqui está a qualidade acima citada deste ser vivaz, a sua plenitude variada e complexa. Quão complicada esta vivacidade, tão excêntrica e ligeira, ciente de si e descontraída.
E se a orquestra em questão, cujo coro é metaforicamente constituído pelas obras de arte que compõem "Vivace", fosse
composta por lapilli estético? E se não estivesse em jogo o caráter do tempo, mas sim o da visão?
É como entrar num vivaz jardim coral feito de obras, uma composição de bpm, batidas por minuto, de frequências saltitantes: cada elemento bate a um ritmo visual com uma entidade refinada, cada um deles é vivaz, alegre mas ao mesmo tempo sensível e maduro, dançante mas linfático e todos juntos evidenciam-se mutuamente, num resultado extraordinariamente não cacofónico, mas feito de um entrelaçado, marcado por respirações intermédias, que se manifesta entre caminhos expressivos e ondulações criativas de diferentes matrizes.
Domenico de Chirico, 2019
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ENG
“Vivace” does not correspond to an andante grazioso, it is not allegro and it is not vivo, it is between the two, neither one nor the other, a little one and a bit the other, it is more allegro than allegro, slower than vivo but it is above all full and articulated.
In Italian music theory, the tempo of a composition is its progression or the written reference to the performance time, shown above the pentagram and indispensable for the interpretation of the musical piece, as it establishes its difficulty by influencing its executive style.
Although time indications exist in almost every spoken language, the basics of classical music often lead to using indications in European languages, particularly in Italian.
The instruments used in such a performance are obviously the same as those of an adagissimo or a grave. However, such instruments for expressive quality at that given musical time acquire a more marked identity, express themselves for what they are and above all emphasise their acoustic variety highlighting colour, shape and movement.
Here is the quality mentioned above of this vivace being, its varied and complex fullness. How complicated this vivacity is, so eccentric and light, aware and carefree.
And if the orchestra in question whose choreuts are metaphorically constituted by the works of art that make up “Vivace” was made of aesthetic lapilli? And what if the character of time was not at stake but instead that of vision?
It seems to enter a vivace choral garden made of works, a composition of bpm, or beats per minute, of bouncing frequencies. Each element beats a visual rhythm of refined entity, each of them is vivace, allegro but at the same time sentient and mature, dancing but lymphatic and all together they tell a story in an extraordinarily non-cacophonic result but made of a weave, punctuated by intermediate breaths, which is performed between expressive paths and creative undulations of a different matrix.
Domenico de Chirico, 2019
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