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Vício Impune: o artista colecionador [Harmeless vice: the artist as collector]

Exposición / Galeria Millan / Rua Fradique Coutinho, 1360/1430 / São Paulo, Sao Paulo, Brasil
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Cuándo:
27 sep de 2021 - 20 oct de 2021

Inauguración:
25 sep de 2021 / 11 a 15 h.

Horario:
De lunes a viernes de 10 a 19 h. Sábado de 11 a 15 h.

Precio:
Entrada gratuita

Comisariada por:
Gabriel Pérez-Barreiro

Organizada por:
Galeria Millan, Galeria Raquel Arnaud

Artistas participantes:
Antonio José de Barros Carvalho - Tunga, Artur Alipio Barrio de Sousa Lopes - Artur Barrio, Iole de Freitas, Paulo Pasta, Sergio Camargo, Tatiana Blass, Thiago Martins de Melo, Waltercio Caldas, Willys de Castro
Etiquetas
Dibujo  Dibujo en Sao Paulo  Escultura  Escultura en Sao Paulo  Libro de Artista  Libro de Artista en Sao Paulo  Pintura  Pintura en Sao Paulo 

       


Descripción de la Exposición

A Galeria Millan e a Galeria Raquel Arnaud têm o prazer de apresentar a exposição coletiva Vício impune: o artista colecionador, com curadoria de Gabriel Pérez-Barreiro. A mostra reunirá, nos espaços das duas galerias, uma seleção de nove artistas representados, ao redor do diálogo entre seus trabalhos e coleções. Dentre os artistas colecionadores, estão: Artur Barrio (Porto, Portugal, 1945), Iole de Freitas (Belo Horizonte, MG, 1945), Paulo Pasta (Ariranha, SP, 1959), Sérgio Camargo (Rio de Janeiro, RJ, 1930 — 1990), Tatiana Blass (São Paulo, SP, 1979), Thiago Martins de Melo (São Luís, MA, 1981), Tunga (Palmares, PE, 1952 – Rio de Janeiro, RJ, 2016), Waltercio Caldas (Rio de Janeiro, RJ, 1946) e Willys de Castro (Uberlândia, MG, 1926 — São Paulo, SP, 1988). Desenvolvida ao longo dos últimos anos, a pesquisa de Pérez-Barreiro sobre o colecionismo encontra no contexto desta mostra um campo de análise, em que o espectador é convidado a compreender as nuances de diferentes relações entre artistas colecionadores e suas coleções. Em seus mais diversos modelos, as práticas de coletar e colecionar mostram-se singulares em cada um dos nove casos apresentados e essenciais para a compreensão de cada produção artística em sua complexidade. Segundo o curador, “as coleções dos artistas podem nos dizer não apenas sobre sua própria prática: o que eles vêem no trabalho de outros que os impacta, mas também estão frequentemente na vanguarda de reconhecer e valorizar fenômenos antes subestimados”. Foi com esse propósito que ambas galerias decidiram realizar a exposição. Esculturas e relevos de Sérgio Camargo são expostas ao lado de parte de sua vasta coleção de pinturas de Hélio Melo (Vila Antinari, AC, 1926 — Goiânia, GO, 2001), seringueiro, artista e compositor autodidata. O contraste entre as pinturas fantásticas de Melo e a estética construtiva de Camargo traz à tona uma nova abordagem sobre este artista já consolidado na história da arte brasileira, assim como revela a permeabilidade entre movimentos e tendências. Uma escultura de Willys de Castro — cuja frase publicada em artigo empresta título à exposição — é exibida próxima à sua coleção de arte indígena, uma dentre tantas que o artista preservou e estudou. Com trabalhos de arte plumária e cestarias amazônicas, o conjunto montado nos anos 1970 e 1980 revela um outro lado de seu fascínio pelas formas e padrões geométricos, desdobrados em diversos níveis da percepção ao longo de sua produção. Em diversos contextos, as coleções evidenciam interesses e obsessões singulares, como é o caso de Waltercio Caldas e sua afeição pelo formato do livro e seus desdobramentos em uma coleção de livros de artistas, trabalhos que discutem possibilidades a partir desta formação primária. Em paralelo, o interesse de Artur Barrio pelo mergulho foi a razão que impulsionou sua coleção de 3 mil grãos de areia, iniciada em 1983, em que cada grão é o registro de um mergulho realizado. A busca pelo registro de cada situação vivida é não somente essencial, para Barrio, mas também para o desenvolvimento de sua produção artística — daí figuram suas séries Situações e Registros. Cada grão de areia que compõe esta coleção demonstra, entretanto, que a busca pelo registro da experiência extrapola, em Barrio, o trabalho de arte e está presente em outras esferas de sua vida. Conjuntos criados por artistas colecionadores podem, em muitos casos, representar rastros afetivos de suas relações pessoais. A coleção de Tatiana Blass, composta por trabalhos de seu tio-avô, Rico Blass (Breslau, Alemanha, 1908 — s.d.), desafia-nos a questionar em que medida essas relações se estabelecem como intercâmbios diretos ou indiretos. O mesmo ocorre à vista do trabalho inédito e instalativo de Thiago Martins de Melo e de sua coleção de desenhos de amigos também artistas. Os conjuntos de Martins de Melo e Blass fazem saltar aos olhos a potência afetiva do ato de guardar e os desdobramentos subjetivos deste ato em suas escolhas formais. As pinturas de Paulo Pasta estão em diálogo com uma coleção de alguns de seus mestres: Mira Schendel (Zurique, Suíça, 1919 — São Paulo, SP, 1988), Alfredo Volpi (Lucca, Itália, 1896 – São Paulo, SP, 1988) e Amilcar de Castro (Paraisópolis, MG,1920 — Belo Horizonte, MG, 2002), em uma troca potente entre grandes nomes da arte brasileira. De maneira semelhante, opera a relação entre Iole de Freitas e sua guarda de desenhos e decalques inéditos de Tarsila do Amaral, em que se delineiam os caminhos metodológicos das célebres pinturas da segunda artista. Processo e método estabelecem-se aqui em seus rastros, passíveis de serem compartilhados entre práticas de diferentes gerações. A coleção de um artista é capaz de revelar traços de reflexões latentes que conduziram a suas práticas e a poéticas. Nesse sentido, as obras de Tunga apresentam-se neste eixo de interlocução com sua coleção de trabalhos dadaístas e surrealistas franceses — entre eles, quatro gravuras de Marcel Duchamp (Blainville-Crevon, França, 1887 – Neuilly-sur-Seine, França, 1968). Dentre os trabalhos de Tunga, além de seus desenhos, está também a instalação Evolution (2007), realizada a partir do emprego da mesma linguagem da instalação/performance Laminated Souls, exibida entre 2007 e 2008 no MoMA P.S. 1, em Nova York. Vício impune: o artista colecionador Curadoria de Gabriel Pérez-Barreiro Abertura: 25 de setembro de 2021, sábado, 11h às 15h Visitação: 27 de setembro a 30 de outubro de 2021 Galeria Millan Segunda a sexta, 10h às 19h, sábado, 11h às 15h Rua Fradique Coutinho, 1360, São Paulo, SP Galeria Raquel Arnaud Terça a sexta, 11h - 19h, sábado, 11h - 17h. Rua Fidalga, 125, São Paulo, SP


Entrada actualizada el el 28 oct de 2021

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