Descripción de la Exposición ------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------- 'Concebo a pintura como uma ferramenta múltipla que permite que eu me mova entre o ideal de construção da imagem e uma constante metamorfose realizada a base de fragmentos.' GUILLERMO MORA O erro como parte do processo de materialização plástica, a exploração do transbordamento do pictórico para a tridimensionalidade e o fragmento como resto arqueológico pessoal são algumas das variáveis que confl uem na proposta expositiva de 'Viagem longa com um estranho', do artista Guillermo Mora (Alcalá de Henares, Espanha, 1980). 'Viagem longa com um estranho' resgata, através da justaposição de fragmentos plásticos irregulares, o espírito da acepção portuguesa de barroco, a qual concentra-se na dor psicológica do homem em busca de ancoradouros sólidos. São ancoradouros simbólicos que, na produção do artista, atuam através do uso da cor. Nos encontramos diante de uma paisagem construída a partir de um espaço fronteiriço e experimental, onde a pintura transborda, onde o pictórico se transforma em escultura. Uma paisagem que nos fala de causalidade, erro e incerteza, resgatando parte do imaginário do universo físico de Gödel, onde existem curvas temporais fechadas e um observador pode ver a si mesmo no passado. Esta paisagem escultórica nos convida a ressignifi car cada um dos volumes que a confi gura, através de uma volta ao Perspectivismo, no qual identifi camos a impossibilidade de construir uma teoria coerente que possa se aproximar da realidade de modo sistemático e contrastante, a não ser através de observações pontuais e particulares. Nos encontramos com fragmentos escultóricos que atuam como rastros dessa dor psicológica herdada que busca a transformação cinética dos campos vibracionais da cor. Cor e matéria se fundem para nos lançar em uma experiência escultórica pós-estruturalista marcada pela reconstrução e renovação de formatos construídos através da experimentação causal do procedimento de tentativa e erro. Mora nos lança em um espaço relacional plástico onde a cor transcende seus limites físicos e se converte em potencial ilimitado para a transformação do pictórico. Peças construídas através da cor solidifi cada, cor matérica, cor transbordada - carregada de conotações escultóricas - que resgatam a noção de mutabilidade cromática - como situação evolutiva no espaço e no tempo - e tornam visível uma poética da essência onde o tempo é curvo. 'Viagem longa com um estranho' coloca o observador num lugar escultórico incerto onde o imaginário simbólico se reconstrói, não introduzindo um novo conceito que sucede o antigo, mas sim uma transformaçãodeformação geral da lógica do espaço. Uma paisagem mutável e transbordada.
Primera exposición en Brasil del artista español.
Formación. 01 oct de 2024 - 04 abr de 2025 / PHotoEspaña / Madrid, España