Descripción de la Exposición
A Beltrão Coelho, uma empresa nacional, de origem familiar, está presente no merca-do há 75 anos, sempre na área tecnológica. A inovação está no seu ADN e é o motor para a constante busca com o objetivo de poder oferecer as melhores soluções, quer de tecnologia quer de serviços, aos seus clientes. O respeito pelos seus clientes, cola-boradores e demais parceiros, assim como a incessante procura das melhores solu-ções fazem de nós uma empresa sólida, de confiança e a melhor opção para todos aqueles que querem ver o seu negócio prosperar.
O objetivo da Beltrão Coelho é continuar a ser uma referência na sua área de atuação, mas sempre mantendo, como norma, uma conduta socialmente responsável.
A Galeria Beltrão Coelho foi criada com o propósito de promover e auxiliar o progresso da arte em todas as suas manifestações: pintura, escultura, design, ilustração, ourive-saria, cerâmica, fotografia, entre outros, defender os interesses dos artistas proporci-onando condições favoráveis para exporem os seus trabalhos sem contrapartidas. A empresa Beltrão Coelho abriu portas para o seu projeto cultural, em setembro de 2015, numa época em que ocorreu um decréscimo nos apoios culturais e já contou com mais de 30 exposições na sua galeria.
A 13 de abril inaugura a exposição de José Aguilar, um pintor com um currículo artísti-co extenso em exposições e denso em experiências na área da pintura, principalmen-te abstrata e de Diogo Moura, uma criança de nove anos com autismo e que desde os dois anos se dedica à pintura. O projeto, que visa também chamar à atenção para o Au-tismo (patologia do neuro desenvolvimento de origem multifatorial e de caráter per-manente) foi proposta durante a pandemia pelo José Aguilar e a exposição, tendo sido alterada na sua calendarização por mais do que uma vez, foi agendada finalmente pa-ra esta época primaveril. No dia da inauguração contamos com a participação da psi-cóloga do Diogo e uma representante da Associação Portuguesa de Crianças Autistas.
TÍTULO E TEMA “VIAGEM PELO ABSTRATO”
Esta parceria do artista José Luís Aguilar com o jovem Diogo Moura iniciou-se quando o Diogo tinha apenas 7 anos e o José conheceu os seus primeiros traba-lhos. Estávamos na presença de um futuro artista com grande potencial, que atra-vés a sua iniciativa, criatividade e simpatia, transportava para a tela algo do seu interior.
O seu tipo de pintura, misturando um pouco de realismo com o abstrato, cativou de imediato o artista José Aguilar.
Quando surgiu a possibilidade de organizar uma exposição coletiva na Galeria Beltrão Coelho, instituição sempre disponível para apoiar causas sociais, ficaram reunidas todas as condições para uma criança com problema de autismo, como é o caso do Diogo, vir a realizar a sua primeira exposição com um artista mais expe-rimentado.
As artes dos dois artistas, embora diferentes, são muito parecidas, já que ambos procuram transportar para a tela as experiências da sua vida.
Os autores procuraram construir uma explanação dos caminhos da abstração, tentando encontrar formas pouco referenciadas para permitir uma liberdade de interpretação e conceitos de visualização para quem os observa.
Para os autores, cada obra tem a sua linguagem, o seu movimento e o seu sentido de beleza, procurando o encantamento épico e poético da pintura contemporânea dos nossos dias.
Estamos na presença de dois autores que divergem na forma como constroem as suas obras. O Diogo Moura, coloca na tela toda a sua imaginação e inspiração pró-pria dos seus nove anos de idade.
O José Luís Aguilar desenvolve os seus trabalhos, fazendo as suas pesquisas e estudos, onde encontra a motivação para desenvolver e desafiar a sua criativida-de, construindo a sua própria arte, embora seja influenciado pela forma como vê as coisas a partir de dentro.
A sobreposição de cores e planos revela sempre uma obstinação, persistência e engenho que para os autores não se encerra por aqui.
Desfrutem desta sobreposição de cores e planos resultantes do imaginário dos autores que sai de partes intimistas ou até mesmo da inconsciência.
DIOGO MOURA
A biografia só pode ser curta porque o Diogo só tem 9 anos.
Nasceu a 22 de fevereiro de 2014 e desde esse dia que eu e ele, estabelecemos um laço profundo de amizade, amor e carinho. Sou o seu avô, amigo, companheiro de brincadeira, explicador full-time e mais algumas pequenas coisas.
O Diogo Miguel Cardoso de Azevedo Moura nasceu em Alcochete, frequentou a creche “Planeta Brilhante” a partir do ano e meio e há 6 anos que frequenta a Escola Básica de S. Francisco, come-çando na pré-primária e estando neste momento a frequentar o 3º. Ano da primária.
O Diogo é autista, problema que afeta o seu lado comportamental e da articulação da fala. Este problema foi detetado aos dois anos de idade e tem sido seguido desde então por psicólogos, pedopsi-quiatras e como o Diogo espalha carinho e simpatia por onde pas-sa, ele é também acompanhado com carinho pelas professoras e pelo pessoal auxiliar.
Aos dois anos de idade revelou-se como pintor, muito por iniciativa própria, mas também por enca-minhamento da avó, Vera Lúcia, que é amante das artes.
Ao longo destes anos, o Diogo pintou mais de 100 quadros, todos eles por inspiração própria, mas nos últimos meses devido ao seu crescimento interior e também às alterações do mundo que o ro-deia, a sua dedicação à pintura tem diminuído de intensidade, que nós esperamos seja uma situação temporária.
Perturbação do Espetro do Autismo
A Perturbação do Espetro do Autismo (PEA) é uma patologia do neuro desenvolvimento de origem multifatorial e de caráter permanente que se caracteriza por dificuldades persisten-tes na comunicação social e na interação social (p.e.: dificuldade na reciprocidade emocio-nal/social, dificuldades na comunicação não-verbal e no desenvolvimento de relações inter-pessoais), assim como por padrões de interesses, atividades e comportamentos restritos e repetitivos (p.e.: interesses restritos e fixos com elevado foco e intensidade, discurso estere-otipado ou repetitivo, resistência à mudança, adesão inflexível à alteração de rotinas, híper ou hiper-reactividade a estímulos sensoriais).
A manifestação dos primeiros sintomas surge, frequentemente, durante o primeiro e segun-do anos de vida, existindo uma elevada heterogeneidade na expressão dos mesmos (p.e.: dificuldades no estabelecimento do contacto visual, na partilha de atenção, reduzida iniciati-va comunicativa, ausência ou resposta inadequada aos estímulos do contexto, dificuldade ou exploração inadequada de objetos). Em Portugal, estima-se que a prevalência seja de, apro-ximadamente, 1 caso em cada 1000 crianças em idade escolar.
Devido a ser uma patologia na qual os sintomas se podem manifestar em diferentes domí-nios, uma avaliação e intervenção multidisciplinar, atempada e específica, pode alterar o curso do desenvolvimento e, consequentemente, o futuro das pessoas com PEA, diminuindo o impacto que as dificuldades apresentadas poderão ter na sua vida.
JOSE AGUILAR
Nasceu em Vila Nova da Barquinha em 30 de Dezembro de 1952, iniciou os primeiros passos de pintura e desenho na Escola do Ar-co em Lisboa, nos anos de 1997-1998-1999-2000. Voltou à pintura em 2010, ingressando na Sociedade Nacional de Belas Artes ten-do completado o 4º Ano de Pintura. Entre 2014/2017, lecionou, Desenho e Pintura na Universidade Sénior, Montijo. Foi ainda Co-autor, do Livro 10 anos da Universidade Sénior Montijo.
Medalha de Bronze na Exposição Black and White, Galeria Mário Silva Figueira da Foz Maio de 2019.
É membro da Sociedade Nacional de Belas Artes e da Artiset- Associação de Artistas Plásticos de Setú-bal e AAAGP Figueira da Foz. Conta já com várias exposições coletivas e, individuais, tendo várias obras em coleções particulares, tanto em Portugal como no estrangeiro.
Exposición. 19 nov de 2024 - 02 mar de 2025 / Museo Nacional del Prado / Madrid, España
Formación. 23 nov de 2024 - 29 nov de 2024 / Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía (MNCARS) / Madrid, España