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Ver é uma fábula

Exposición / Instituto Itaú Cultural / Avenida Paulista, 149 / São Paulo, Sao Paulo, Brasil
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Cuándo:
28 mar de 2013 - 01 jun de 2013

Inauguración:
28 mar de 2013

Comisariada por:
Moacir dos Anjos

Organizada por:
Instituto Itaú Cultural

Artistas participantes:
Cao Guimarães

ENLACES OFICIALES
Web 

       


Descripción de la Exposición

Com curadoria de Moacir dos Anjos, o Itaú Cultural inaugura a partir de 28 de março 'VER É UMA FÁBULA' - MOSTRA DE CAO GUIMARÃES. A exposição traz 21 obras do artista e ainda conta com 1 ciclo de filmes, que apresenta ao público todos os 8 longas-metragens realizados em sua carreira.

 

Há obras de Cao Guimarães do início dos anos 2000 até trabalhos mais recentes, de 2012. Entre os mais antigos estão Between - Inventário de Pequenas Mortes, de 2000, e Hypnosis, de 2001, ambos filmados originalmente em super-8. Já a mais nova das produções do artista, Otto, de 2012, integra a programação do ciclo de filmes, com início também em 28 de março.

 

'Essa não é uma exposição completa, uma retrospectiva, mas este é o momento da minha carreira em que vou poder mostrar a maior quantidade de obras juntas', conta Cao. A exposição consiste basicamente de filmes e vídeos, excluindo as fotografias. As únicas que entram são as imagens da série Gambiarras, apresentadas em slideshow. 'Achamos que para mostrar todo o universo das fotografias seria preciso um recorte mais amplo e um espaço maior. Queremos oferecer ao público uma exposição focada, imersiva e mais concentrada em alguns aspectos da obra dele', completa Moacir dos Anjos.

 

A frase que dá título à mostra está no livro Catatau, do poeta e escritor Paulo Leminski. Em 2010, Cao Guimarães, inspirado na publicação, dirigiu o longa-metragem Ex Isto; nele René Descartes, interpretado pelo ator João Miguel, diz: 'Ver é uma fábula'. Moacir dos Anjos explica que essa frase resume um pouco o que a obra de Cao oferece, a possibilidade de construir narrativas, de tecer histórias a partir do olhar. E o próprio artista não discorda: 'Quando quero fazer um filme ou uma foto, recorto a realidade, ou seja, injeto imaginação e subjetividade nela. Meu instrumento básico de trabalho é o meu olhar e o que faço é justamente fabular sobre a realidade.'

 

No espaço expositivo nada de salas fechadas; os monitores estão suspensos, soltos. Além disso, as obras não se apresentam agrupadas de forma temática. Sem paredes entre os vídeos, a ideia é que eles se relacionem e recriem significados. No entanto, em seu percurso o visitante encontra algumas salas fechadas em que pode se acomodar e se concentrar em um único vídeo. Como destaca o curador, o que norteou a distribuição das obras no espaço foi a criação de certa coreografia da mostra. 'A disposição foi realizada de forma que as obras fluíssem bem de uma para a outra, seja do ponto de vista visual, seja do ponto de vista sonoro e de duração, provocando as reações mais diversas no espectador, seduzindo, cativando e atraindo para a obra do Cao.'

 

O áudio de cada um dos vídeos foi um dos elementos principais para o que artista e curador estão chamando de coreografia. 'Embora seja sutil, o áudio é muito presente e muito importante no trabalho de Cao', conta Moacir. O duo de artistas mineiros O Grivo é o responsável por praticamente todo o trabalho sonoro das obras do artista e a preservação dos áudios foi determinante no arranjo das telas. As obras com duração mais longa e em que a convivência dos elementos sonoros se tornou difícil, como Brasília e Limbo, ganharam salas separadas.

 

A participação nessa coreografia demanda do espectador certo engajamento e certa disposição para estabelecer um diálogo, um embate com a obra do artista. Cao Guimarães destaca que esta é uma das características interessantes de 'VER É UMA FÁBULA', retira o espectador de uma situação passiva. Nesse sentido, a exposição mostra-se em total coerência com o trabalho do artista, na medida em que se propõe nos fazer ver coisas e situações que normalmente não percebemos.

 

Quando questionado sobre quais temas poderiam fazer parte de suas obras, Cao conta que tudo que está ao seu redor tem relevância e aí talvez esteja a mais marcante característica de seu trabalho. Segundo o artista, da parte dele existe a total aceitação de que uma folha ao vento é tão expressiva quanto uma cantora lírica.

 

Formigas que passam pelo chão, bolhas de sabão que explodem ao vento, ônibus que cumprem seu itinerário, um parque de diversões. O olhar de Cao está atento à sutileza dessas situações e vai além, captura esses elementos de maneira muito particular, devolvendo-nos imagens de um mundo ressignificado. 'É interessante encontrar situações inusitadas em que é possível se arriscar. A novidade é um dos principais elementos da arte e que transcende um pouco a compreensão. Não é para explicar nada, mas para compartilhar uma sensação de estar no mundo. É algo que se completa no outro, no olhar de quem vê, do espectador. E cada um terá uma noção da obra completamente diferente do outro.'

 


Imágenes de la Exposición
Cao Guimarães

Entrada actualizada el el 26 may de 2016

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