Descripción de la Exposición
No próximo dia 19 de julho, às 19h, a Galeria Rubem Valentim do Espaço Cultural Renato Russo recebe a mostra “Vê Nus”, do fotógrafo Kazuo Okubo, com curadoria de Rosely Nakagawa. As imagens que compõem a exposição foram realizadas a partir de 2004 até 2020 com voluntárias que autorizaram o fotógrafo a retratar e revelar suas intimidades anonimamente. No dia da abertura, acontece o lançamento do fotolivro “Vê Nus”, com todas as imagens das voluntárias que posaram para o projeto e texto da curadora, que estará à venda no local. A mostra é realizada com o patrocínio do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) do Distrito Federal. A mostra fica em cartaz até o dia 28 de agosto, com visitação de terça a domingo, das 10h às 20h. A entrada é gratuita e a classificação indicativa recomendada é 18 anos.
Dezoito anos depois de realizar a primeira imagem da série e oito anos desde que foi apresentada parcialmente na SP-Arte/Foto 2014, a mostra será apresentada com 58 fotografias de mulheres que participaram dos ensaios fotográficos voluntariamente. “Sei que é uma grande ousadia revelar a intimidade das pessoas dentro de uma cultura conservadora, e que encontraríamos muitas dificuldades no caminho”, afirma Kazuo Okubo, que fotografou 60 mulheres voluntárias para o projeto. Mas para a mostra, serão apresentadas as imagens de 28 mulheres fotografadas de frente e de costas e impressas em gabardina em grande formato, 100cm X 75cm.
Acompanhando a produção fotográfica de Okubo desde 2008, a curadora Rosely Nakagawa ressalta que a série “Vê Nus” mostra a diferença radical entre imagem e imagem técnica. “A imagem “imagina” o mundo, enquanto a imagem técnica “imagina” significados”. “O que nos mostra este conjunto de imagens é a liberdade conseguida pela arte ao longo da história, que permitiu à fotografia contemporânea essa apropriação da beleza onde quer que esteja o desejo do autor”. “Vê Nus”, diz a curadora, “reúne a delicadeza e ousadia de nus femininos, de voluntárias que aceitaram compartilhar detalhes de suas intimidades”.
Para o projeto “Vê Nus”, Kazuo Okubo utilizou uma técnica de superexposição da imagem. High-key é uma técnica que usa iluminação excepcionalmente brilhante para reduzir ou eliminar completamente as sombras na imagem. “Com isso, perco os médios tons e fico com o branco e as variações do cinza para o preto. Ficam apenas os traços essenciais da imagem. Trago para a fotografia o traço minimalista dos meus antepassados presentes por exemplo nos traços de sua escrita”, comenta o fotógrafo.
Para Nakagawa, a obra de Kazuo Okubo ocupa um lugar na fotografia de arte contemporânea brasileira devido à sua forte individualidade e à sua tradição oriental, onde além da presença do nu, o rigor técnico e formal são ferramentas para exercer sua criatividade. Em “Vê Nus”, o fotógrafo obtém um resultado poético e particular, despido de julgamento e contextualização da cultura Ocidental. Okubo mostra a força, a coragem, a liberdade, a individualidade e a beleza dessas mulheres. O resultado causa polêmicas, mas estamos diante de uma cultura para o futuro. Um futuro com liberdade, ética, respeito e educação em busca do equilíbrio que traga a paz”, completa.
Fotolivro
Na abertura da mostra, será lançado o fotolivro “Vê Nus”. A publicação com 128 páginas e texto de Rosely Nakagawa em português e inglês reúne as fotos de 60 mulheres que aceitaram posar para o fotógrafo Kazuo Okubo desde 2004. O livro estará à venda no local e no site por R$ 99,00.
Conversa com o artista e a curadora
No dia 26 de agosto, às 19h, Kazuo Okubo e Rosely Nakagawa participam de uma Conversa aberta ao público. Entre os temas que serão abordados estão a fotografia como linguagem e técnica, o nu nas artes visuais, as fronteiras e os espaços da arte. A entrada é gratuita e livre para todos os públicos.
Sobre o artista
Natural de Brasília (1959), Kazuo Okubo teve contato com a fotografia ainda menino através de seu pai, Arlindo Okubo. Passou um bom tempo fotografando festas e casamentos até descobrir a fotografia publicitária. Seu portfólio acumula trabalhos para as principais agências do mercado, e conquistou clientes de peso, como Ministério da Saúde, Banco do Brasil, Caixa, Secom, Correios, Unicef, Sebrae, GDF, BRB, Ministério do Turismo, Embratur, Casa Cláudia, Vogue, Revista Piauí, entre outros. Foi finalista de todas as edições do prêmio Conrado Wessel, de 2002 até 2008, além de ter trabalhos premiados no Festival Mundial de Publicidade de Gramado e no Festival de Publicidade de Cannes. Desenvolve trabalhos autorais desde 2003. Inaugurou em 2009 a primeira galeria de arte do Centro-Oeste especializada em fotografia, A Casa da Luz Vermelha, onde produziu dezenas de exposições, workshops e eventos.
Sobre a curadora
Nascida em São Paulo (1954), onde vive e trabalha. É graduada em Arquitetura pela FAUUSP em 1977. Fez especialização em Museologia pela USP em 1978/80 e em Comunicação e Semiótica pela PUC_SP em 2005. Iniciou seus trabalhos como curadora no final da década de 70 e participou da implementação da primeira galeria de fotografia no Brasil, a Fotoptica. Entre outros locais, neste meio tempo também foi curadora do Espaço Cultural Citybank, Casa da Fotografia FUJI e, desde 2015, é curadora e gestora cultural do Armazém Cultural 11, em Santos (SP). É conselheira de museus e instituições culturais, além de colaborar também com festivais no Brasil e nos Estados Unidos. Como editora e curadora já participou de diversas publicações e projetos, sendo a mais recente “Mais a Mais ou Menos”, no SESC Bom Retiro, em São Paulo, em 2019.
Exposición. 19 nov de 2024 - 02 mar de 2025 / Museo Nacional del Prado / Madrid, España
Formación. 23 nov de 2024 - 29 nov de 2024 / Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía (MNCARS) / Madrid, España