Descripción de la Exposición
“UMBRIA” em Vila Real: uma exposição coletiva que elogia a sombra.
Depois de, em 2020, terem feito a curadoria da exposição “da serra e da terra” na sala de exposições do Maus Hábitos / Saco Azul no Porto, a dupla de artistas Daniel Moreira e Rita Castro Neves apresenta uma nova curadoria para a Associação Cultural, no âmbito do programa de exposições “Outros (novos) Portos”.
Desta vez, numa parceria com o Teatro Municipal de Vila Real, a Saco Azul propõe para a sala de exposições do Teatro já a partir do dia 19 de março, uma exposição coletiva com obras de Gonçalo Pena, José Cerdeira, Sofia Rocha e Xavier Almeida.
“Em geografia, a encosta umbria é a que não é diretamente exposta ao sol, a que habitualmente está voltada a norte, o lugar mais difícil”.
Depois da exposição “Arte Robótica” de Leonel Moura, a Saco Azul Associação Cultural e o Maus Hábitos numa parceria com o Teatro de Vila Real voltam a ocupar a sua sala de exposições com uma proposta curatorial integrada no projeto de exposições “Outros (novos) Portos”, que prossegue o seu trilho que cruza geografias, agentes e culturas num movimento transformador para artistas e públicos, culminando na partilha e circulação de experiências e ideias.
O lugar umbrio é o que não está diretamente exposto ao sol, que se encontra na sombra, e logo o mais difícil de habitar e cuidar.
A dupla de artistas e curadores Daniel Moreira e Rita Castro Neves reúne em Umbria obras de quatro artistas, de diferentes gerações e territórios, cujos percursos singulares lhes permitem uma abertura sobre entendimentos outros do mundo, com uma atenção particular ao invisível, a práticas e rituais primitivos, à observação dos animais, à matemática da natureza, e à transformação interior que se pode dar quando olhamos a penumbra de frente. Gonçalo Pena, José Cerdeira, Sofia Rocha e Xavier Almeida, que trabalham a partir de processos de criação e técnicas tão diversas quanto a pintura e a performance, a poesia e a música, a construção de máscaras, o têxtil, a cerâmica e a banda desenhada, apresentam no espaço mais de 60 obras, em diálogo e tensão.
A criação, pelos curadores, de um desenho expositivo interventivo, apela a práticas antigas de apresentação de obras artísticas e objetos curiosos, numa acumulação de sentidos e abertura de possibilidades várias para um olhar, por vezes taciturno, sobre o interior das coisas e dos lugares, sobre o recôndito, a importância da matéria e da forma, da observação e da introspecção, e da criação artística como forma de compreender o mundo.
“É percorrendo o caminho mais longo e a partir do elogio do lugar da sombra que nos encontramos em Umbria.”
A exposição conta com obras do artista plástico Gonçalo Pena que tem extenso trabalho desenvolvido em várias áreas, da investigação à ilustração, do cinema experimental à docência em artes visuais; de José Cerdeira, “um homem de uma singularidade invulgar, nascido em 1933 em Casalinho de Baixo, Góis, e que foi desenvolvendo ao longo da sua vida uma multiplicidade de atividades surpreendentes, como as de moleiro (seguindo as pisadas do pai), barbeiro, sapateiro, pedreiro, lagareiro, músico, agricultor e, aquilo que aqui nos interessa particularmente, a de artesão”; Sofia Rocha, artista açoriana baseada no Porto, cujo “trabalho explora relações entre o visível e o invisível, o papel das relíquias e dos rituais assim como a comunicação entre o corpo e o incorpóreo”, e Xavier Almeida, “artista transdisciplinar, entre banda-desenhada, pintura, instalação, performance, publicação e arquitetura”, com um corpo de trabalho “ligado ao lado underground da cidade onde fluem os espaços de resistência e uma estética anti forma”.
Exposición. 19 nov de 2024 - 02 mar de 2025 / Museo Nacional del Prado / Madrid, España
Formación. 23 nov de 2024 - 29 nov de 2024 / Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía (MNCARS) / Madrid, España