Descripción de la Exposición A sua estética caracteriza-se pela sua complexidade, diversidade - abrange a pintura, a escultura, os objectos, a gravura - e simultâneo despojamento e pobreza dos seus materiais. Tàpies iniciou a sua obra gráfica no final dos anos 40, quando se encaminhava para a grande revolução da sua arte, que teve lugar em 1952, com a descoberta de uma nova relação entre pintura e realidade, com uma valorização da matéria plástica, que o levou a eliminar progressivamente a distância entre pintura e objecto. A obra de Tàpies oferece-nos uma visão global da realidade, interior e exterior. Inspirado pela poesia, pelo pensamento oriental, elimina todas as distinções da racionalidade ocidental e sobretudo a que opõe os dois pólos do grande binómio matéria/espírito, cuja síntese é fundadora do seu universo. A sua proposta relacionava-se com a criação de uma nova imagem do mundo contemporâneo, envolvendo no quotidiano a união entre a matéria e a sua essência espiritual e era também, segundo Roland Penrose, uma proposta de transformação da humanidade, com o sentido do 'changer la vie' de Rimbaud, através de 'uma cosmogonia na qual nada, absolutamente nada é mesquinho' aspectos que a sua obra gráfica esplendidamente documenta. Ao valorizar os gestos, os objectos mais humildes e simples do quotidiano, o tempo que lhes está associado, o artista conferia-lhes simultaneamente uma categoria de transcendência e de eternidade, que hoje são o legado intemporal da sua arte.
Exposición. 31 oct de 2024 - 09 feb de 2025 / Artium - Centro Museo Vasco de Arte Contemporáneo / Vitoria-Gasteiz, Álava, España