Descripción de la Exposición
Artistas: Denilson Baniwa, Louidgi Beltrame, David Bestué, Minia Biabiany, Paloma Bosquê, Elvira Espejo Ayca, Sheroanawe Hakihiiwe, Isuma, Cristiano Lenhardt, Candice Lin, Lina Mazenett e David Quiroga, max wíllà morais, Daniel Steegmann Mangrané, Janaina Wagner.
Uma História Natural das Ruínas é uma exposição coletiva que explora diferentes formas de resistência aos modos como o imaginário colonial moderno hegemônico tem capturado nossa imaginação. Com base em diversas práticas artísticas, esta exposição busca oferecer oportunidades para pensar sobre a cura no que a autora Anna Tsing chama de “sobrevivência precária”. A mostra também tenta abordar as implicações da representação fora da linguagem, a fim de explorar outras tecnologias e formas de inteligência que não as humanas.
No centro da exposição está uma crítica à divisão moderna entre natureza e cultura e suas implicações ontológicas. Por meio de uma série de processos históricos, alguns humanos se separaram da natureza e, portanto, a fabricaram como uma categoria. Os regimes coloniais propagam essa noção por meio da educação e da exploração, normalizando a natureza como um “recurso” à disposição dos humanos. É em grande parte por meio do conhecimento e das práticas ecológicas dos povos indígenas que essas categorias coloniais em funcionamento podem ser produtivamente desafiadas.
Uma História Natural das Ruínas se propõe a pensar sobre a representação da “natureza”, ao mesmo tempo em questiona a natureza da representação. Donna Haraway oportunamente se dispôs a responder “o que é tido como natureza, para quem e quando, e quanto custa produzir a natureza em um determinado momento da história para um determinado grupo de pessoas”. Ela, portanto, identifica os processos históricos e as operações semióticas necessárias para, não apenas normalizar a natureza como uma categoria colonial, imperial, mas também para produzir e reproduzir a narrativa do “homem universal” (1) como dominante.
A transformação de museus de “história natural” em museus de “ciências naturais” parece sugerir uma mudança retórica de “história” como um exercício narrativo para “ciência” como observação desinteressada e objetiva que alcança a separação total de sujeitos (humanos) de objetos (não-humano, outro-que-humano, mas também pessoas humanas submetidas à pesquisa científica). Nesse processo, a história é neutralizada politicamente. Ao alargar definições dominantes de tecnologia para incluir algumas que não são inerentes à noção ocidental de progresso, a arte pode abrir um mundo de multiplicidades onde a realidade criada pela colonização é finalmente revelada como uma construção brutal, mas eficaz na consolidação de uma imagem malfadada de progresso. Desse modo, as ruínas produzidas no presente podem ser parcialmente consideradas como a projeção de um inconsciente modernista.
Artistas incluídos na exposição enfrentam a brutalidade das categorias e práticas binárias modernas, a fim de mostrar cada um à sua maneira como as coisas se entrelaçam e, nas palavras de max wíllà morais, “dançar com a violência do mundo”.
Catalina Lozano
(1) Donna Haraway, “The National Geographic” on Primates (Paper Tiger TV, 1987). Disponível em https://vimeo.com/123872208
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