Descripción de la Exposición
Guilherme Vaz é um dos pioneiros da arte conceitual e sonora, autor de trilhas premiadas, além de ser responsável pela introdução da música concreta no cinema brasileiro. A mostra, que ressalta a importância da obra desse artista no panorama da cultura e sua contribuição para a memória da arte no Brasil, conta com debates, reedição de trabalhos antigos, produção de novos trabalhos e edição de livro com ensaios inéditos, históricos e vasto conjunto de imagens e documentos. Serão exibidas 41 obras que exemplificam os métodos utilizados pelo artista, entre eles objetos sonoros, instruções, desenhos, partituras, performances e parte de sua produção musical.
De acordo com o curador da mostra Franz Manata, o trabalho de Vaz para o cinema traduz o “espírito do Brasil profundo”. Manata também comenta o processo da pesquisa e curadoria da mostra: “O exercício foi ficar invisível e respeitar o autor em seus percursos e desvios, pois estamos falando de um artista radical, tanto no plano estético, quanto ético. Alguém que recusou o caminho da institucionalização, o que lhe custou certa invisibilidade no plano da cultura. Um artista de invento, que expande a linguagem.”.
O conteúdo da mostra será exposto em três salas no segundo andar do CCBB, em um percurso que se articula de forma a mostrar uma fração do infinito artístico de Vaz. Na primeira sala será exibida a experiência de Guilherme no interior do Brasil, onde desenvolveu trabalhos de antropologia, artes visuais e música pré-histórica com os povos indígenas sul-americanos Zoró-Panganjej, Gavião-Ikolem e Araras. A segunda sala mostra a produção de Guilherme como artista multimeios, músico experimental, maestro, pensador e integrante das vanguardas dos anos 1970, como a instalação sonora Crude, que surge a partir de sua pesquisa do que ele definiu como “música corporal”, além da instalação acusmática, composta por instruções de Guilherme Vaz, apresentadas ao público na “Information”. No CCBB o público eguirá por um corredor onde se escutam as instruções do artista. Segundo o curador é “uma estratégia para colocar ‘algo’ em evidência”. A última sala destaca sua relação com a imagem em movimento através da parceria com o cineasta e documentarista Sérgio Bernardes, que traduz o Brasil profundo em sete filmes: Os guardiões da floresta (1990), Panthera Onca (1991), Cauê Porã (1999), Nós e não nós (2003), Amazônia (2006), Mata Atlântica (2007) e Tamboro (2009). A exposição conta com uma cronologia ilustrada, que aborda a vida e o percurso de Guilherme Vaz, com um vasto conjunto de documentos, obras, vídeos e arquivos de áudio.
Exposición. 13 dic de 2024 - 04 may de 2025 / CAAC - Centro Andaluz de Arte Contemporáneo / Sevilla, España
Formación. 01 oct de 2024 - 04 abr de 2025 / PHotoEspaña / Madrid, España