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A exposição colectiva Um Pretérito Imperfeito de Mafalda Santos, JanSerych, Mariana Caló e Francisco Queimadela, reúne obras que directa e indirectamente indagam sobre a natureza do tempo e sua relação com o espaço, a construção da história e da experiencia.

No seguimento do trabalho 'The Kappa Effect' iniciado em 2011, Mafalda Santos apresenta um novo conjunto de obras que novamente se focam sobre questões ligadas à percepção. Explorando as deformações e plasticidade com que concebemos e entendemos o tempo, condicionados pelos nossos próprios processos cognitivos e mecanismos de percepção, apresenta uma 'timeline' que procura simular uma deslocação no espaço composta por uma sucessão de estímulos a várias velocidades.

Jan ?erých?recicla formas geométricas que derivam de uma estética modernista na realização de uma série de pinturas inspiradas na estrutura simples de um alvo, para ... apresentar uma sequência que remete para o funcionamento fragmentado de um relógio. Ainda, nas suas 'pinturas-texto' procura desconstruir uma ideia linear de cronologia pela deslocalização e descontextualização de palavras e enunciados aparentemente retirados de uma narrativa.

Mariana Caló e Francisco Queimadela, em colaboração, apresentam mais um capítulo do projeto contínuo Gradações de Tempo sobre um Plano, iniciado em 2010. Do trabalho de campo, e registo em vários suportes (vídeo,som, fotografia, desenho e texto) de pesquisas e acções realizada nas encostas de 'Seven Sisters' (East Sussex, Reino Unido) apresentam 'Carta ao Porvir': uma instalação composta por uma projecção de vídeo, uma pilha de impressões e um livro pintado à mão. Esta propõe uma reflexão sobre a relação do Homem com a passagem do tempo, versando sobre a ideia de 'cápsula de tempo' como veículo transmissor de experiência e conhecimento cristalizados num dado momento e lugar.