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Um plano tangível e infinito

Exposición / Galeria Madragoa [ESPACIO CERRADO] / Rua do Machadinho, 45 / Lisboa, Portugal
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Cuándo:
24 mar de 2018 - 05 may de 2018

Inauguración:
23 mar de 2018 / 21:00

Precio:
Entrada gratuita

Organizada por:
Galeria Madragoa

Artistas participantes:
Sara Chang Yan
Etiquetas
Arte sonoro  Arte sonoro en Lisboa  Instalación Sonora  Instalación Sonora en Lisboa 

       


Descripción de la Exposición

A MADRAGOA tem o prazer de apresentar Um plano tangível e infinito, a segunda exposição individual da artista Sara Chang Yan na galeria. Os dois adjetivos utilizados no título da exposição para descrever “o plano” — tangível e infinito — parecem expressar um certo contraste, uma ligeira contradição. Se tangível é algo que pode ser tocado, fisicamente percepcionado, mas também conceptualmente compreendido, infinito é bastante elusivo, que transcende sempre definições rígidas, e que não pode ser alcançado nem apreendido na sua extensão. Estas duas dimensões coexistem nos desenhos da artista Sara Chang Yan, onde o plano não é apenas o fundo onde linhas, formas, cores e sinais se assentam, mas que age como um campo magnético que responde e participa ativamente na composição. Não há hierarquias nos desenhos: estados de espírito, gestos, movimentos, sinais e suporte são equivalentes e interagem no mesmo nível. Na negociação entre estes elementos, a superfície da folha de papel não representa apenas a parte delimitada de espaço onde o desenho aparece, onde a composição se torna tangível, mas preserva a qualidade poética da página em branco, do espaço simbólico da espera, das possibilidades ainda não expressadas, dos potenciais infinitos. Na série de desenhos Alinhamentos esta abordagem, que é comum a toda a prática da artista, é enfatizada. O ponto de partida de cada trabalho em papel é a forma da folha, que não é retangular, mas irregular, a fim de libertar os desenhos da sua obediência a um único ponto de observação: a moldura, que acompanha os contornos excêntricos, permite que os espectadores realmente interajam com os desenhos, que os segurem nas mãos, que os movam e que os vejam de em diferentes orientações e de ambos os lados. O observador também pode mover estes objetos- desenhos no espaço da galeria, estes podem simplesmente ser pendurados na parede ou encostados no chão contra a parede, investigando a relação entre as obras e o espaço expositivo, e a sua reação em resposta a ambientes diferentes. A relação entre imagem e movimento, neste caso intencionada como uma sequência de planos, é explorada em Quando o céu, o mar e os corpos se tornam transparentes. O vídeo, no qual duas pessoas que flutuam no mar, é projetado sobre um desenho que funciona não só como tela, mas também como filtro, que interage com a filmagem. Os pontos, os buracos e os cortes no papel conferem à projeção uma fisicalidade incomum; essa sobreposição cria uma imagem densa, em camadas, que lembra a materialidade de um filme antigo, no qual a presença de riscos e manchas revela imediatamente a sua natureza fictícia. No piso térreo da galeria, os espectadores são envolvidos por sons vindos de diferentes pontos do solo, pelo calor e pelo cheiro da terra que cobre todo o espaço, alterando os seus movimentos e suavizando os seus passos. A imersiva instalação Andar subtil sinal foi concebida como um desenho que é expandido para todo o espaço e cuja composição é baseada num vocabulário não-visual, mas auditivo. Os sinais foram substituídos por sons, curtas gravações do tocar de uma corda de guitarra ou de estalar de dedos, notas musicais e ruídos diários que, desvinculados dos gestos ou do contexto original em que foram produzidos, formando uma misteriosa coreografia, uma constelação que pontua e faz vibrar o espaço. Sara Chang Yan (Lisboa, 1982) vive e trabalha em Lisboa. As suas exposições mas recentes incluem: Where Do We Stand? Two Years of Drawing with Open Sessions, The Drawing Center, Nova Iorque, 2017; Hibernation Plan, The Drawing Center, Nova Iorque, 2016; Escuto o Silêncio, Fala Inteiro e Com Precisão; Madragoa, Lisboa, 2016; Álibi, EspaçoAZ, Lisboa, 2015; Getting Lost, Fundación Botín, Villa Iris, Santander, 2015. Em 2015 foi-lhe atribuído o Prémio Artes Visuais para Jovens Criadores, da Fundação Calouste Gulbenkian.


Entrada actualizada el el 07 may de 2018

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