“A Última Folha – Potencial energia para um espaço imaginado" de Jorge Santos sofreu metamorfoses ao longo deste ano de espera, assimilando vivências complexas que o pensamento do artista - autor experimentou. Por coincidência a exposição abre no Outono e, ainda que inconscientemente, a ideia de última folha adquire uma pregnância sazonal e polissémica. A ideia de uma derradeira folha possui uma conotação romântica que, quase instintivamente, nos evoca o título do célebre livro de Almeida Garrett, Folhas Caídas (1853). (…) A ideia de silhueta implica, creio, o poder de concentração, a capacidade de sintetizar conteúdos por detrás da mancha negra que é uma genuína caixa de acontecimentos exóticos da botânica primordial ou quotidiana. As espécies pensadas por Jorge Santos lembram um património simultaneamente natural e cultural: são tópicos da natureza e estímulos paisagísticos em processo." Maria de Fátima Lambert