Descripción de la Exposición
Artistas: David Medalla, Fernando Duval, Henrique Alvim Corrêa, Kiluanji Kia Henda e Olaf Breuning.
Ulla, Ulla é som das naves marcianas de H.G. Wells. Há cem anos, o poeta russo Velimir Khlebnikov, em seu manifesto "A trombeta dos Marcianos" faz uma convocação através do Ulla, Ulla para se pensar a arte e a invenção. Anos mais tarde, o intelectual russo Viktor Shiklovsky, faz novamente uso do Ulla, Ulla para receber alienígenas que literalmente deveriam "alienar" os humanos. Estes manifestos e convocações fazem parte das propostas futuristas, de contextos históricos das utopias socialistas dos soviéticos.
Na exposição proposta, o Ulla, Ulla é também um chamado de obras e artistas com inspiração "alienígena". Através do som ensurdecedor das naves, a exposição se constrói como um espaço para se pensar as imagens clichês da ciência, as novas utopias, estranhamentos sensoriais e mensagens ambíguas que vêm sendo transmitidas por intergalácticos ao nosso planeta. Os artistas convidados têm contatos especiais com o cosmos. Alguns ousam decodificar figurativamente seres espaciais desconhecidos, outros invertem e alteram as imagens científicas. Alguns se apresentam com a própria forma alienígena. Outros elaboram utopias para o século XXI.
O convidado especial da exposição é o brasileiro Henrique Alvim Corrêa (1876-1910), criador dos marcianos que povoaram o século XX. A partir do livro de H. G. Wells, o gravurista Alvim Correia, ilustra a edição de Guerra dos Mundos de 1906, produzindo seres que impressionaram o próprio Wells e influenciaram os marcianos de Steven Spielberg. As máquinas marcianas prateadas ganham aspectos sombrios em desenhos feitos com bico de pena, com marcianos vistos em contra-plongée, ampliando a dimensão de imponência e o terror das ilustrações. Estes desenhos originais que deram origem à edição de 1906 encontram-se em coleções particulares no exterior e cinco deles (de um total de 31) serão exibidos nesta exposição, além de uma pintura a óleo inédita.
Alguns desenhos originais foram exibidos no Masp, pela primeira vez, por Pietro Maria Bardi em 1972. Alguns anos mais tarde foram expostas no Museu de Arte Moderna do Rio de janeiro, no Museu Nacional de Belas Artes e na Mostra do Redescobrimento, na Bienal.
Exposición. 04 sep de 2016 - 05 nov de 2016 / Casa Nova Arte e Cultura Contemporanea / São Paulo, Sao Paulo, Brasil
Exposición. 31 oct de 2024 - 09 feb de 2025 / Artium - Centro Museo Vasco de Arte Contemporáneo / Vitoria-Gasteiz, Álava, España