Descripción de la Exposición
Os monumentos são construídos com a finalidade de criar uma memória coletiva em relação a determinado personagem ou fato histórico. Em sua maioria, são feitos em material durável, posicionados estrategicamente no espaço público e buscam uma construção narrativa do passado, no presente, para o futuro – uma memória forjada com base nos interesses de quem está no poder. No entanto, há uma parte da história que não ganha representação.
Esfacelada em ruínas, documentos quase arqueológicos – estes anti-monumentos são o que sobra de uma história que tentou ser apagada. Se alojam na memória das pessoas, na fala, nos gestos, nos objetos, na narrativa em primeira pessoa, no testemunho – insistem em voltar.
A exposição toma seu título emprestado de um controverso trabalho de Cildo Meireles realizado no contexto da ditadura militar brasileira em 1970. Tiradentes: totem-monumento ao preso político foi uma ação do artista realizada na semana em que se comemorou a Inconfidência Mineira na qual a figura de Tiradentes foi eleita como heróica pelos militares, transformando-o em um emblema nacional. O gesto fugaz de Cildo produziu um anti-monumento, que deixava em suas ruínas, a memória de um presente violento; trazia a morte como matéria e agente da história. Uma crítica brutal a um momento crucial da história brasileira.
Os trabalhos reunidos nesta mostra se debruçam sobre a ideia de memória e história: seus usos, construções narrativas, jogos de poder e representações. Trata-se de “confrontar as representações simbólicas com as realidades que elas representam” (Jacques Legoff) e lançar um olhar ao passado a partir do presente.
Lista de artistas: Cildo Meireles, Clara Ianni, Erica Ferrari, Frederico Filippi, Jaime Lauriano, Raphael Escobar, Regina Parra, José Carlos Martinat.
Formación. 08 may de 2025 - 17 may de 2025 / Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía (MNCARS) / Madrid, España