Descripción de la Exposición
A artista carioca Carolina Martinez (1985) apresenta Todavia, Caminhar, sua primeira exposição individual em São Paulo, de 6 de maio a 10 de junho, na Sala 2 da Galeria Marilia Razuk. A mostra, com curadoria de Diego Matos, reúne um conjunto de trabalhos inéditos da artista, em que se misturam elementos da pintura, da arquitetura, do relevo e da escultura. São ao todo mais de 10 obras, produzidas com madeira, concreto e tinta acrílica, que se dispõem nas paredes ou no piso do ambiente. A prevalência vocabulário geométrico e a exploração de características arquitetônicas do espaço torna a exposição uma situação específica e integral, sobretudo pelas correspondências que se abrem entre diferentes linguagens artísticas.
Sobre isso, o curador Diego Matos escreve o seguinte: "Nesta dada situação, nosso corpo é compelido ao movimento, a delinear trajetos: frente e volta, esquerda e direita, horizonte e opacidade, topo e chão. A fruição é de sobremaneira ativa: o espaço da experiência sensitiva de cada um e a consciência contextual parecem exercer papel central na construção perceptiva de cada um. Não raro, a própria compleição física do espectador - altura, vista, tamanho dos passos, posição de equilíbrio - parecem perturbados na resposta ao que é materialmente dado a ver".
De maneira geral, aquilo que é identificado como pintura, escultura, relevo ou instalação no trabalho de Carolina Martinez trata do espaço, da percepção do visitante e do vazio – ou do espaço entre seres e coisas. Formada em arquitetura e urbanismo pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), a artista tem estabelecido, em seus trabalhos até aqui, conexões entre áreas urbanas, espaços interiores e experiências de perambulação que costumam passar despercebidas à maioria dos moradores das grandes cidades e de tempos acelerados.
Nas palavras de Diego Matos, "a partir da total consciência de uma des-funcionalidade da arte, Martinez propõe sua aventura poético-espacial, quase sempre em um lugar fronteiriço da dinâmica espacial da vida". Entre os destaques desta exposição, está Toda vida, um conjunto de peças tridimensionais que se inter-relacionam em proporção áurea. O trabalho realiza a projeção em escala ambiental e com o concreto de um múltiplo homônimo, produzido pela artista no ano passado e formado por pequenas peças de madeira manipuláveis. A versão em concreto da obra opera, no espaço desta mostra, uma espécie de jardim de esculturas, em diálogo rente com a arquitetura brutalista do prédio onde está situada a Sala 2 da Galeria Marília Razuk: o Edifício Giselle, projetado em 1969, pelo arquiteto ítalo-brasileiro Telésforo Giorgio Cristófani, e caracterizado, na fachada, pelos volumes geométricos que saltam para fora da estrutura vertical, toda em concreto armado aparente.
Sobre a artista:
Carolina Martinez nasceu na cidade do Rio de Janeiro, Brasil, em 1985.
Formada em Arquitetura e Pós-Graduada em História de Arte e Arquitetura no Brasil pela PUC-Rio, Carolina Martinez passou a ser conhecida por seu trabalho artístico em 2010, ao participar do Salão de Arte Contemporânea do Museu de Arte de Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil. Desde então Martinez vem expondo em Individuais e Coletivas como: "L'Aube" Galerie Ilian Ribei, Paris, “Seeing Thru Abstraction”, Residency Unlimited (Brooklyn, NY – 2015), "Fullfillment Solo-Show" Resindency Unlimited (Brookliyn, NY 2015), “Aquilo que não conseguia ver”, individual Galeria Portas Vilaseca (Rio de Janeiro, 2016) “A Questão do Espaço na arte", EAV-Parque Lage (Rio de Janeiro, 2014); “Às Avessas”, individual Galeria Laura Marsiaj (Rio de Janeiro, 2013); “Atributos do Silêncio”, Galeria Bergamin (São Paulo, 2015) e “Novíssimos”, Galeria IBEU (Rio de Janeiro, 2013).
Exposición. 19 nov de 2024 - 02 mar de 2025 / Museo Nacional del Prado / Madrid, España
Formación. 23 nov de 2024 - 29 nov de 2024 / Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía (MNCARS) / Madrid, España