Descripción de la Exposición
Novo espaço sediado no Jardim Paulista abre com exposição curada por Larry Ossei-Mensah e obras de artistas como Amoako Boafo, Anthony Akinbola, Deborah Roberts, Derrick Adams, Emanoel Araújo, Larissa de Souza, Mestre Didi, Zandile Tshabalala e Zéh Palito.
Prestes a completar 40 anos, a galeria Simões de Assis acompanha as transformações do mundo contemporâneo, entendendo que a arte é o contato entre aquilo que foi, é e será, sendo capaz de atravessar todos os tempos. Com olhar voltado à arte moderna e contemporânea, especialmente para a produção latino-americana, a Simões de Assis, dirigida pelas duas gerações da família de nome homônimo à casa, consolida sua atuação em São Paulo com a nova sede, situada no número 2.050 da Alameda Lorena, no Jardim Paulista.
Reimaginando o mundo
Para marcar a abertura, a galeria inaugura no dia 2 de setembro, a exposição The Speed of Grace, uma coletiva assinada pelo curador e crítico cultural ganês-americano Larry Ossei-Mensah. A mostra reúne colagens, pinturas, esculturas, técnica mista - obras em sua maioria inéditas - dos artistas Amoako Boafo (Gana), Anthony Akinbola (EUA), April Bey (Bahamas), Bony Ramirez (República Dominicana), Deborah Roberts (EUA), Derrick Adams (EUA), Emanoel Araújo (Brasil), Hank Willis Thomas (EUA), Larissa de Souza (Brasil), Ludovic Nkoth (Camarões), Mestre Didi (Brasil), Serge Attukwei Clottey (Gana), Tunji Adeniyi-Jones (Inglaterra), Zandile Tshabalala (África do Sul) e Zéh Palito (Brasil).
Em sua essência, The Speed of Grace celebra a audácia dos artistas participantes que utilizam destemidamente suas práticas artísticas como plataformas para desafiar as estruturas de poder existentes, questionar as normas sociais e capacitar as comunidades negras e pardas. A exposição serve não apenas como um discurso intercultural, mas também como um diálogo intergeracional, destacando uma variedade de artistas, desde mestres de seu ofício até artistas emergentes na vanguarda. Ossei-Mensah se esforça para criar uma exposição que pareça um ensopado curatorial, convidando o espectador a refletir sobre como esses artistas que representam comunidades variadas sempre inovaram e estiveram na vanguarda da expansão de nossa compreensão da arte contemporânea.
Do uso de "durags" por Anthony Akinbola para criar suas pinturas vibrantes e texturizadas ao uso de fibras de palma e miçangas de Mestre Didi para criar esculturas magistrais, até o uso de sherpa, jacquard e brocado de April Bey para criar uma instalação visualmente atraente, a exposição apresenta uma variedade de estratégias e abordagens artísticas. “Por meio das variadas práticas artísticas apresentadas nesta exposição, esses artistas visionários inspiram o diálogo, a introspecção e o poder da expressão artística que se infiltra na diáspora há gerações. Ao centrar as narrativas, ideias, curiosidades e preocupações das comunidades negras e pardas de todo o mundo, esses artistas formam uma constelação de perspectivas culturais que expressam visualmente a riqueza e o “sabor” que fornecem às nossas sociedades passadas, presentes e futuras,” diz Ossei-Mensah.
April Bey, comenta que “o Brasil foi a última nação do mundo ocidental a abolir a escravidão e havia importado cerca de quatro milhões de escravos da África. Sou de ascendência africana - tenho sangue afro-americano e caribenho. O trabalho que estou exibindo retrata imagens que centralizam a negritude em outro mundo”.
Inspirando-se em suas raízes originárias, cada artista traz uma abordagem única para sua produção artística, entrelaçando memória, folclore e história. São obras que buscam ser uma ponte diaspórica para o Brasil, criando uma vibrante tapeçaria de narrativas e descobertas culturais.
A pintura The 400 Colors of A Pearl/Los 400 Colores De Una Perla, de Bony Ramirez, é um dos trabalhos que traz a cultura caribenha. “Motivos como as conchas como parte da anatomia da figura realmente enfatizam a conexão com o Caribe e seu fundo colorido. A escultura Siempre En Guardia é um touro abstrato simplificado, que incorpora a estética da arquitetura caribenha, juntamente com meu estilo característico", conta o artista.
Ao iniciar conversas, evocar a introspecção e ativar a consciência social do público, o objetivo de The Speed of Grace é transcender os limites de raça, classe e gênero.
Estreando em solo brasileiro, Tunji Adeniyi-Jones comenta que “esta é a primeira vez que participo de uma exposição no Brasil e estou muito animado devido aos extensos laços e conexões históricas que o país tem com a África Ocidental".
Derrick Adams também comenta: “expor no Brasil significa uma oportunidade empolgante para que um público novo e vibrante se envolva com meu trabalho. Essas peças tratam principalmente de identidade e estou interessado em saber como isso se traduz nesse novo local”.
Ciente de que a arte é também aquilo que se produz a partir dos tantos encontros, a Simões de Assis conseguiu, ao longo dessas quase quatro décadas, a articulação necessária para difundir e representar seus artistas no Brasil e no exterior. Dois artistas do núcleo representado, Ayrson Heráclito e Emanoel Araújo, marcam presença na 35ª Bienal de São Paulo, que abre no dia 06 de setembro no Pavilhão da Bienal, no Parque Ibirapuera.
Com o novo espaço aberto em São Paulo, a galeria celebra a consolidação de sua atuação no estado e segue um planejamento de ampliação de suas atividades. “A Simões de Assis nasceu em 1984, em Curitiba, e se especializou na preservação e difusão do espólio de importantes artistas, como Cícero Dias e Niobe Xandó, por exemplo. Ampliamos muito nossa atuação ao longo desse tempo. Estamos há cinco anos em São Paulo e, em 2022, expandimos para mais uma região, com Balneário Camboriú. Nossa atuação vai ao encontro das necessidades do mundo atual, seguimos nos transformando, a fim de difundir as vozes dos artistas que representamos e de ampliar o alcance do mercado de arte brasileiro”, afirma Guilherme Simões de Assis, diretor da galeria e responsável pelas operações de São Paulo.
O novo espaço da Simões de Assis em São Paulo foi projetado pelo Arquea, escritório curitibano. A galeria fica aberta ao público de segunda a sexta, 10h às 19h e sábado, das 10h às 15h.
Sobre Larry Ossei-Mensah
Larry Ossei-Mensah (Bronx, NY) é um curador e crítico cultural ganês-americano que usa a arte e a cultura contemporâneas como um fórum para redefinir a maneira como vemos a nós mesmos e o mundo ao nosso redor. Ossei-Mensah organizou exposições, conversas e programas em espaços comerciais e sem fins lucrativos em todo o mundo, apresentando artistas como Firelei Baez, Steve McQueen, Amoako Boafo, Catherine Opie, Nick Cave, Cheryl Pope, Guadalupe Maravilla, Ebony G. Patterson, Judy Chicago, Allison Janae Hamilton, Zeh Palito e Stanley Whitney, entre outros. Os espaços globais com os quais Ossei-Mensah colaborou em exposições incluem espaços como o MOAD em São Francisco, o Contemporary Museum em Houston, MOCAD, MASS MoCA, Metropolitan Museum of Manila, LUCE Gallery Ben Brown Fine Arts em Hong Kong e Londres, MCA Denver e a 7ª Bienal de Atenas, na Grécia, da qual foi cocurador com o OSMK Social Club. Nascido no Bronx, Ossei-Mensah foi cofundador da ARTNOIR, uma organização sem fins lucrativos cuja missão é promover a igualdade racial no mundo da arte, centralizando criativos, curadores, colecionadores e comunidades de cor. The Speed of Grace é a primeira exposição de Ossei-Mensah no Brasil.
Exposición. 13 dic de 2024 - 04 may de 2025 / CAAC - Centro Andaluz de Arte Contemporáneo / Sevilla, España
Formación. 01 oct de 2024 - 04 abr de 2025 / PHotoEspaña / Madrid, España