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Terçolho

Exposición / Museu de Arte Contemporânea de Serralves / Rua D. João de Castro, 210 / Oporto, Porto, Portugal
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Cuándo:
18 jun de 2021 - 07 nov de 2021

Inauguración:
18 jun de 2021

Comisariada por:
Marta Moreira de Almeida, Philippe Vergne

Organizada por:
Museu de Arte Contemporânea de Serralves

Artistas participantes:
João Maria Gusmão + Pedro Paiva

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Descripción de la Exposición

“Terçolho” é a mais completa exposição até à data de João Maria Gusmão (Lisboa, 1979) e Pedro Paiva (Lisboa, 1977), abrangendo o seu trabalho em filme, fotografia, escultura e instalação realizado ao longo de quase duas décadas. Um hordéolo, vulgarmente conhecido como terçolho, é uma inflamação ocular que causa hipersensibilidade à luz e a sensação de um corpo estranho no olho. Quando de grandes dimensões, pode interferir com a visão e a perceção da realidade. O título da exposição é prenúncio de uma experiência sensorial alargada e paracientífica no percurso agora proposto pela obra desta dupla internacionalmente reconhecida. Pensada como se de uma instalação de grande escala se tratasse, a exposição tem por base uma ideia caleidoscópica de exposições dentro de exposições: as imagens desdobram-se em impressões fotográficas, em esculturas de bronze e em múltiplas projeções sem som ao longo das galerias e da garagem do museu. A presença física dos projetores de 16 mm, a sua disposição e o ruído dos seus mecanismos assumem sempre um protagonismo incontornável nas exposições de Gusmão e Paiva, criando um forte impacto e uma grande envolvência com o espectador. Entre 2001 e 2019 João Maria Gusmão e Pedro Paiva colaboram na exploração de campos de pesquisa plástica diversificados, desenvolvendo uma investigação que se poderia chamar naturalista. A sua obra apresenta-se como um laboratório de experimentação em que são questionados o conhecimento empírico, a metafísica existencial e os limites da perceção do real. Nos seus trabalhos são privilegiados os processos paradoxais e a convocação do inconsciente, através do recurso ao nonsense e ao absurdo e da criação de situações improváveis, em jogos de ocultação e revelação que exploram as ambivalências dos processos analógicos e de comunicação visual. A dupla descreve o seu projeto global como uma espécie de “metafísica recreativa”. Por ocasião da exposição, e em associação com a editora/distribuidora Mousse Publishing, será publicado um novo projeto editorial que documenta o percurso artístico da dupla, dedicando particular atenção à sua produção discursiva. Os ensaios inéditos de Chris Fitzpatrick (curador independente, anteriormente diretor de Objectif Exhibitions, Antuérpia, e do Kunstverein München, Munique) e de Anthony Huberman (diretor e curador-chefe do CCA Wattis Institute, San Francisco) refletem sobre a obra dos artistas que, combinando registo antropológico, drama e pesquisa científica, se apresenta como uma investigação do insondável, uma forma de conhecimento heterodoxo que se materializa em “ficções poéticas e filosóficas”. O livro inclui ainda uma generosa antologia de escritos dos artistas. João Maria Gusmão e Pedro Paiva participaram em várias bienais internacionais nomeadamente, em 2006, na 27ª Bienal de São Paulo (Brasil); em 2007, na 6ª Bienal do Mercosul, Porto Alegre (Brasil); em 2008, na Manifesta 7(Itália); em 2009 representaram Portugal na 53ª Bienal de Veneza (Itália); em 2010, na 8ª Bienal de Gwangju (Coreia do Sul); em 2013, na mostra central da 55ª Bienal de Veneza (Itália) — O Palácio Enciclopédico com curadoria de Massimiliano Gioni. De entre as mostras individuais destacam-se em 2014, Papagaio no HangarBicocca, Milão (Itália); em 2015, The Missing Hippopotamus no Kkv Kolnischer Kunstverein, Colónia (Alemanha); em 2016, Capsule 05 / João Maria Gusmão & Pedro Paiva: Peacock na Haus der Kunst, Munique (Alemanha); em 2017, Animais que ao longe parecem moscas no Centro de Arte Oliva, São João da Madeira (Portugal); em 2018, Lua Cão (com Alexandre Estrela) na La Casa Encendida, Madrid (Espanha) e no Kuntsverein München em Munique (Alemanha). A exposição tem curadoria de Marta Moreira de Almeida e Philippe Vergne e coordenação de Filipa Loureiro.


Entrada actualizada el el 18 jun de 2021

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