Descripción de la Exposición
Gabriel Wickbold Studio & Gallery expõe 32 obras da fotografa sérvia Isidora Gajic na mostra Teias e Tramas, com curadoria de Miguel Rio Branco, onde o tempo é o fio conductor, a conexão entre os elementos e suas construções.. Nesta série, a escrita e as imagens, juntas, criam outros entendimentos, composições fluídas além da descrição, atingindo outra densidade. Na poética presente, o mar vira lâmina de chumbo, a neve transforma-se em luz celestial, permitindo que as portas da imaginação se abram para outras dimensões, além do que consideramos realidade.
Em Teias e Tramas, o tempo e suas conexões com os elementos, suas construções, criam ficções e fricções: em ritmos suaves quase melódicos, porém com uma densidade dramática. "Na criação fotográfica atual existem equívocos primários, que limitam a nossa alma, que tentam nos levar a um mundo medíocre de selfies", conceitua Isidora.
Histórias pessoais são o formato favorito do trabalho de Isidora Gajic. Ela transforma sentimentos e relacionamentos em fotografias. Usando imagens como uma forma de poesia visual, que desfoca autobiografia e ficção, ela cria livros artesanais, colagens, e diálogos visuais com imagens. Nas obras da artista, os conceitos básicos que se espera de uma fotografia: onde? Quando? O que é? Não são mais necessárias: a leitura é outra, a emoção prende e leva a um lugar perdido da memória, lugar sem referências. Segundo a fotógrafa, "se tentarmos ver nas imagens aqui construídas em grupos, apenas documentos do que ocorreu, estaremos nos diminuindo, caíndo no erro das multidões que nem sequer vivenciar o presente sabem mais, apenas o captam para, congelado, servir de trófeu", diz a artista.
Sobre seu trabalho, o curador Rubens Fernandes Junior diz: "Isidora Gajic faz suas primeiras incursões em seu arquivo e por sua vez reúne algumas pulsões que provocam sensações diversas. Sua imagens - neve, teias de aranha, tramas irregulares, águas em movimentos aleatórios, entre outras situações - são provocativas. Em quase todas elas encontramos aquilo que o poeta russo Vladmir Maiakowski chamou de "fendas do acaso", ou seja, situações visuais que promovem não apenas associações e situações inesperadas, mas também, distintas possibilidades poéticas e perceptivas".
Miguel Rio Branco, sintetisa: "A obviedade dos conceitos que são algo por demais presentes na arte contemporânea, algo que facilita a pseudo compreensão dos objetos de arte, não se encontram aqui: temos sim, caminhos abertos a várias interpretações que é a base da verdadeira poesia".
Exposición. 31 oct de 2024 - 09 feb de 2025 / Artium - Centro Museo Vasco de Arte Contemporáneo / Vitoria-Gasteiz, Álava, España