Descripción de la Exposición
A primeira exposição individual de Ângela Ferreira num espaço museológico sul africano, South Facing, inaugura na Johannesburg Art Gallery, a 7 de Maio de 2017. A exposição inclui trabalhos recentes e trabalhos anteriores nunca expostos, bem como um novo trabalho, em resposta às condições da extensão Meyer Pienaar.
Construída em 1989, durante os anos finais do apartheid, a extensão propunha criar uma transição pública mais acessível entre o edifício original neoclássico da era colonial e o parque urbano adjacente. Problemas estruturais inerentes resultaram no fecho temporário da JAG em 2017, criando a oportunidade para reexaminar a relação entre uma instituição anteriormente vista como um símbolo de elitismo e o seu emergente contexto urbano, multicultural e pós-apartheid. No seguimento de uma obra de trabalho artístico crítico e arquitectonicamente responsivo, a nova obra chama a atenção para a história visual dos processos de construção da extensão, particularmente do controverso telhado abarrilado com abóbadas revestidas a cobre, que vem alargar as investigações de Ferreira sobre a história da exploração mineira da era colonial na África do Sul e na República Democrática do Congo (Stone Free, 2012, e Entrer dans la mine, 2013).
O trabalho de Ângela Ferreira reflecte sobre o impacto continuado do colonialismo e do pós-colonialismo no presente, particularmente no que toca ao sul global. A sua principal área de investigação tem sido a tradução do modernismo no contexto colonial africano e os complexos legados arquitectónicos, estéticos e sociais do projecto modernista. As práticas de Ferreira retiram a criticalidade visual da sua identidade dupla, portuguesa e africana, e o corpo de trabalho resultante tem raízes na África do Sul, em Moçambique e em Portugal. A exposição em Joanesburgo vem ligar estes três espaços e dar ao público a oportunidade de se envolver nas práticas da artista, baseadas numa pesquisa multidisciplinar.
A exposição inclui, entre outros trabalhos, Werdmuller Centre (2010), que tem em conta o idealismo popular utópico do vocabulário modernista sul africano dos anos setenta; Maison Tropicale (footprints) (2007), que traça a história do projecto de alojamento do designer francês Jean Prouvé e investiga o modo como o modernismo europeu se adaptou, ou não, à realidade do continente africano; e Sites and Services (1991-1992), que referencia a oferta racializada de infraestruturas sob o apartheid.
Um catálogo, com textos de Jürgen Bock, Alda Costa e Rafael Mouzinho, Pamila Gupta, Noëleen Murray e Amy Watson, acompanha a exposição.
Exposición. 13 dic de 2024 - 04 may de 2025 / CAAC - Centro Andaluz de Arte Contemporáneo / Sevilla, España
Formación. 01 oct de 2024 - 04 abr de 2025 / PHotoEspaña / Madrid, España