“Tudo o que vemos ou parecemos não passa de um sonho dentro de outro sonho.”
Edgar Allan Poe
Num sopro de luz renasço na penumbra de cada pedra sagrada. Dessas que muram a minha identidade. Revolvo-me indivisível. Atalho-me em narrativas nascidas antes de todos os séculos, nesta cidade que é minha. São fragmentos vividos e sonhados do sítio onde cresci. Sou parte de Braga tal como sou parte de qualquer outra cidade. Vivo uma miragem de sombra revisitada, nesta luz que é minha. Por vezes é só o reflexo. O que verdadeiramente habita a essência, vive num prenúncio de fé, neste acreditar tão cheio que se faz e que se olha em fragmentos. Sou ateu e creio em nós, humanos. Quem me dera para lá desta quimera. São os impiedosos e incautos degraus que se projetam, mais ou menos ambíguos. Os que me levam e os que me trazem. Braga, cidade dos...Arcebispos, cidade onde cresci e onde tenho das mais ternas e profundas memórias, cidade conservadora e jovem, onde tudo acontece, sempre, à sombra de deus.
Entrada actualizada el el 20 sep de 2018
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