Descripción de la Exposición
“Estou convencida que “existem formas de pensar que ainda não conhecemos.” O significado que tiro destas palavras é de que muitas mulheres pensam de formas que o intelecto tradicional nega, denuncia ou não tem capacidade de compreender. Pensar é um processo ativo, fluido e em expansão: intelectualizar, “conhecer” são recapitulações de processos passados. Ao argumentar que ainda não exploramos ou compreendemos de forma alguma a nossa base biológica, o milagre e o paradoxo do corpo feminino em todos os seus significados espirituais e políticos, estou na realidade a questionar se não poderão as mulheres começar, finalmente, a pensar através do corpo, para conectar o que foi tão cruelmente desorganizado - as nossas grandes capacidades mentais, desaproveitadas; o nosso altamente desenvolvido tacto; o nossa genial capacidade para a observação em proximidade; a nossa complexa fisicalidade, em toda a sua capacidade de tolerar dor e experienciar prazer.” (Adrienne Rich in “Of Women Born”)
Isto fez-me pensar, relembrar e questionar. Isto fez-me sentir. Pensar e Conhecer não são o mesmo processo, e Sentir parece vir antes e depois de ambos. Estes processos são diferentes, mas não deveriam ser separados no entendimento de nós próprias e tudo o resto. Por cultura e por sistema, o nosso corpo parece ser ignorado e não consultado no processo crítico. Mesmo assim a dor avisa-nos, as hormonas mudam-nos, a nossa pele conecta-nos. A densidade do sentir feminino percebe e comunica muito mais do que aquilo que reconhe-cemos.
Na sua diversidade, esta série de trabalhos é um exercício de pensar através do corpo feminino. Uma expres-são de entendimento e comunicação sensorial. Cada peça intersecta e reforça a história das outras peças. Auto retratos e observações de outras mulheres, novas e velhas, as peças tentam captar e afirmar diferentes perspetivas de uma experiência comum - de dentro para fora, de fora para dentro, elas vêem-se umas às outras. Um desconforto semelhante partilhado, sinais de mudança através da idade ou doença. Os nossos cor-pos reconhecem-se mesmo que as nossas mentes não o façam. As suas histórias vêm de dias maus e de dias bons para criar um corpo de trabalho que quer testemunhar a vibrante e não reconhecida paisagem emocio-nal da vida física das mulheres.
Lisboa, Gwendolyn van der Velden, março de 2025
Exposición. 10 mar de 2025 - 22 jun de 2025 / Museo Nacional del Prado / Madrid, España
Cambio de forma: Mito y metamorfosis en los dibujos romanos de José de Madrazo
Formación. 01 oct de 2024 - 04 abr de 2025 / PHotoEspaña / Madrid, España