Descripción de la Exposición
A Galeria Leme apresenta o terceiro site-specific comissionado para o projeto SITU, curado por Bruno de Almeida, dando continuidade a uma pesquisa mais ampla sobre formas de pensar e discutir a produção do espaço (urbano) através de um diálogo entre arte, arquitetura e cidade.
SITU convida o artista Venezuelano Ricardo Alcaide a conceber uma obra que resulte de uma reflexão sobre o contexto urbano entendido como ampla matriz físico-social, e que se relacione simultaneamente com o exterior do edifício da galeria e com o espaço público contíguo.
Ricardo Alcaide projeta um grande volume geométrico negro que ocupa quase a totalidade do pátio externo da galeria. A face que se apresenta para o transeunte se desenvolve em rampa desde o chão, mais próximo à calçada, se elevando até ao topo da parede ao fundo do pátio e chegando a seis metros de altura. O volume disseca diagonalmente as fachadas da galeria, anulando o espaço externo e bloqueando quase inteiramente as duas entradas para o edifício. Para a construção deste elemento monumental o artista usa uma madeira vulgarmente utilizada na construção civil como estrutura para moldes de concreto in loco, o mesmo processo de construção das paredes da galeria.
Devido à obstrução do acesso habitual ao edifício, Alcaide desloca a entrada para a fachada oposta, utilizando uma porta que se encontra habitualmente fechada. Este novo acesso faz referência à entrada original do primeiro projeto da galeria, do arquiteto Paulo Mendes da Rocha, construída em 2004 e depois demolida em 2011 para dar lugar à sua réplica, a estrutura que existe hoje. Com a realocação e a reorientação do edifício, o projeto inicial foi readaptado e consequentemente a inversão da entrada foi incorporada.
Através da ocupação e quase inutilização de um espaço (semi)público e da consequente adaptação do percurso de entrada, Ricardo Alcaide induz a um reexame da relação física do visitante com o edifício e subverte o funcionamento normal da instituição. Criando uma circunstância espacial que se localiza no limiar entre conflito e uma espécie de institucionalização da provisoriedade, o artista tira partido da fricção entre rigidez e improviso institucional que está frequentemente presente na nossa experiência da cidade, se materializando comumente no encontro entre a arquitetura “oficial" e as construções improvisadas que cumulativamente se acoplam a esta e são resultados de pactos territoriais paralelos à própria ordem jurídico-normativa oficial.
Sobre o artista:
Ricardo Alcaide, Caracas, 1967. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil.
Exposições individuais incluem: Not Much Further, Arroniz Arte Contemporaneo, México; Forma critica, Cristinger De Mayo Gallery, Zurique (2015); Settlements, Baró Galeria, São Paulo (2014); Una forma de desorden invasivo, Galería Lucia de la Puente, Lima (2013), entre outras.
Exposições coletivas incluem: Bienal Tridimensional Internacional do Rio TRIO, Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro; Monochrome Undone, SPACE, Sayago & Pardon Collection, Irvine (2015); The Language Of Human Consciousness, Athr gallery, Jeddah. Saudi Arabia (2014); Visão Do Paraíso: Pensamento Selvagem (curadoria de Julieta Gonzalez e Pablo Leon de la Barra), Rio de Janeiro (2013), entre outras.
Sobre o curador:
Bruno de Almeida, 1987, Brasil. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil.
Graduado pela Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto, Portugal. Mestre em Arquitetura pela Accademia di Architettura di Mendrisio, Suíça. Trabalhou como arquiteto em Londres, Reino Unido e também como assistente curatorial no Instituto de Investigação Independente da Fondazione Archivio del Moderno, Suíça
Exposición. 19 ene de 2016 - 19 mar de 2016 / Galeria Leme / São Paulo, Sao Paulo, Brasil
Exposición. 31 oct de 2024 - 09 feb de 2025 / Artium - Centro Museo Vasco de Arte Contemporáneo / Vitoria-Gasteiz, Álava, España