Descripción de la Exposición
O Museu do Açude apresenta a partir de 18 de agosto a exposição Scorzelli Megabichos do designer e artista plástico Marcos Scorzelli. A mostra exibirá cerca de 20 instalações inéditas em chapas de aço que ficarão expostas ao ar livre, nos jardins do Museu.
A exposição apresenta girafas com 3,5m de altura e família de elefantes. Polvos gigantes estarão instalados no espelho d’água, além dos outros bichos que estarão em exibição no espaço. A mostra também tem o objetivo de estimular o lúdico nas crianças de todas as idades, elas poderão fazer sua própria obra de arte, reproduzindo um megabicho em papelão corrugado. Com poucas dobras e movimentos simples a criança poderá criar animais coloridos e muito curiosos. O Museu do Açude fica localizado na maior floresta urbana do mundo.
Scorzelli Megabichos
"A dualidade rigor geométrico X humor dominou a produção do arquiteto e artista plástico Roberto Scorzelli (1938-2012). Dentre as temáticas habitualmente exploradas por ele sobressaem os bichos, a funcionarem como um veio condutor para o exercício das pesquisas formais relativas àquelas facetas. Assim, sua obra ficou marcada por décadas de desenhos de animais que culminaram no álbum de gravuras Bestiário, lançado em 1976. No entanto, outra vertente de trabalho relacionada ao mundo animal havia ficado oculta como um segredo bom de família... Até recentemente, quando seu filho, o designer Marcos Scorzelli, assumiu aquele projeto de forma autoral, mudando o curso dessa história.
Uma história que começou com o pai moldando bichos em papel para a diversão das crianças; avançou através dos anos com a parceria de pai e filho no escritório de arquitetura, quando aproveitavam brechas no trabalho para criarem cada vez mais bichos, sem recorte ou perda de papel, a partir somente do círculo, quadrado ou retângulo; caminhou como um desafio para Marcos, após a morte de Roberto Scorzelli, para encontrar a forma de tirar os bichos da bidimensionalidade e viabilizá-los como esculturas. Nesse percurso, alguns materiais como acrílico ou ouro foram experimentados até que chapas de aço carbono se revelassem o veículo ideal.
Ressignificados agora por Marcos, os bichos finalmente tomaram corpo. A forma tridimensional no espaço é alcançada simplesmente pelo vinco e corte da chapa. Soldas e aparas são definitivamente proibidas! Depois, as cores vibrantes concorrem para personalizá-los. Marcos brinca ainda com as dimensões, criando desde miniaturas a Megabichos. Permanecem, no entanto, aqueles mesmos sentidos norteadores – o rigor geométrico e o humor - que estavam na origem dos bichos. Seus animais são ao mesmo tempo a continuidade do sentido lúdico e a problematização da geometria. Nesse sentido, adequam-se ao desenvolvimento de um viés educativo, explorado agora nessa exposição. A aparente simplicidade da transformação de uma forma geométrica plana em um volume espacial complexo, travestido de figuras de bichos coloridos, dinâmicos e cheios de personalidade, vai certamente encantar os jovens. Estes e também o público em geral vão usufruir deste zoo de aço em um ambiente no qual os Megabichos parecem estar “em casa”: a floresta ajardinada do Museu do Açude”.
Anna Paola Baptista, curadora do Museu do Açude.
*Todas as instalações e os múltiplos das obras de arte estarão à venda.
Sobre o artista:
Marcos Scorzelli é carioca, formado em design pela PUC Rio e começou a carreira inovando em projetos de arquitetura como designer de interiores corporativo e de cenografia. Com seu pai criou a Scorzelli Arquitetura e Design em 1993 e ao longo de 23 anos receberam vários prêmios por projetos corporativos desenvolvidos para grandes empresas. Fotógrafo amador é apaixonado pelo Rio. Desenvolveu sua linguagem vivenciando a natureza e explorando todos os cantos de sua cidade.
Das mãos de seu pai, o artista plástico e arquiteto Roberto Scorzelli (1938/2012), surgiram os primeiros bichos feitos por ocasião do nascimento da filha Isabella. Quando crianças os dois filhos do artista brincavam com os bichinhos em papel que ficavam espalhados pela casa do Joá. Somente em 1998 Marcos redescobriu as esculturas dos bichos em papel dentro de um envelope na gaveta de seu pai. Ao longo dos anos, passavam o tempo conversando, imaginando e desenvolvendo outros tantos bichos.
Marcos finalmente os tirou do papel para o aço, utilizando sua experiência com geometria e computação gráfica. A ideia era transformá-los em esculturas. O fundamental era não perder o conceito, não haver perda de material, sem solda ou recortes. A partir de formas geométricas simples com alguns cortes, vincos e movimentos precisos chega-se a uma forma tridimensional, curiosa e vibrante.
Sobre o Museu do Açude:
O Museu do Açude, integrante dos Museus Castro Maya, é uma antiga propriedade transformada em museu, localizada no Alto da Boa Vista.
O casarão de 1913 no Alto da Boa Vista com ampla área verde, relíquias e estrutura da época são os pontos altos desse museu. A antiga casa do mecenas Raymundo Ottoni de Castro Maya, um parisiense amante das artes que viveu no Rio até os 74 anos, abriga um dos museus mais bonitos da cidade. Possui amplos jardins, trilhas, esculturas, fontes e piscinas.
Há também o Circuito de Arte Contemporânea, um circuito museológico ao ar livre, com as obras dos artistas contemporâneos Anna Maria Maiolino, Eduardo Coimbra, Helio Oiticica, Iole de Freitas, Lygia Pape, Nuno Ramos, Piotr Uklanski, Angelo Venosa, José Resende e Waltercio Caldas, tornando-se assim a maior galeria de arte contemporânea ao ar livre do Rio de Janeiro.
Exposición. 12 nov de 2024 - 09 feb de 2025 / Museo Nacional Thyssen-Bornemisza / Madrid, España