Um ponto branco sobre fundo preto. Uma aparente estrela no céu negro da lua nova. Mas, quando o ponto branco começa a mover-se subtilmente arrasta uma linha a partir do sinal inicial e de súbito converte-se num risco, é este desenho que suscita a dicotomia entre virtual e real dando mote à exposição Satellites.
“Lembro-me de um dia em 2014, eu estava a olhar para o céu noturno e vi um ponto muito brilhante em movimento. Este ponto estava a fazer o seu caminho lento no céu e então desapareceu de repente. O evento não durou mais de 60 segundos, mas foi o suficiente para capturar toda a minha atenção e criar em mim uma grande curiosidade. Foi um satélite cruzando o céu naquela noite, mesmo em cima da minha cabeça. Quando este satélite alcançou a sombra da terra, deixou de ser visível, desapareceu.
Eu senti-me esmagado com essa visão e...comecei a imaginar toda a possibilidades que este simples ponto poderia trazer para a minha prática como artista. Naquele exato momento eu não tinha uma ideia clara sobre o que poderia ser, mas percebi que este evento foi uma faísca para algo grande. Eu senti como um grande empurrão que me puxou para fora do eixo.”
Entrada actualizada el el 21 may de 2019
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