Descripción de la Exposición
MASP APRESENTA SALA DE VÍDEO: COLETIVO BEPUNU MEBENGOKRÉ
Coletivo indígena retrata o processo de produção dos grafismos nos rituais de pintura corporal em curtas-metragens que abordam desde a extração dos pigmentos até os sentidos simbólicos e ancestrais dessas práticas
Coletivo Bepunu Mebengokré, Mê’ok: nossa pintura, 2014 (frame do vídeo)
De 24 de março a 18 de junho de 2023
O MASP – Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand apresenta, de 24 de março a 18 de junho de 2023, no 2o subsolo do museu, Sala de vídeo: Coletivo Bepunu Mebengokré, que exibe os curtas-metragens Menire djê: grafismo das mulheres Mebengokré-Kayapó (2019) e Mê’ok: nossa pintura (2014). Com curadoria de Edson Kayapó, curador-adjunto de arte indígena, MASP, os projetos documentais compreendem narrativas sobre a ancestral arte da pintura corporal, protagonizada pelas mulheres Mebengokré-Kayapó.
O Coletivo Bepunu Mebengokré, coordenado pelo jovem líder e cineasta Bepunu Kayapó, tem assumido protagonismo na apresentação das histórias e ancestralidades do povo Mebengokré para a sociedade não indígena por meio de produções audiovisuais. Os caminhos percorridos pelos roteiros narrativos, bem como o foco das câmeras do coletivo, centram suas ações em cosmologias, nas relações com a floresta e na visibilidade das histórias pouco conhecidas para pessoas não indígenas. Com o intuito de facilitar o acesso da sociedade brasileira e da comunidade internacional às histórias dos antepassados Mebengokré, o Coletivo contribui com a efetivação dos direitos desse povo nos dias atuais e no combate ao ecocídio na Amazônia brasileira.
A prática ancestral que sela a continuidade da tradição é retratada em Menire djê: grafismo das mulheres Mebengokré-Kayapó (2019) – uma produção resultante da oficina de qualificação de novos cineastas na aldeia Moikarakô, onde os integrantes do coletivo vivem. O documentário narra o processo de produção da tinta de jenipapo, desde a colheita até a mistura com o carvão moído, que traz a pigmentação e consistência adequadas para aplicá-la nos corpos. Em seguida ao ciclo de preparo da tinta, a protagonista da obra realiza a pintura dos grafismos em sua própria filha e recorda-se de como seus avós e pais tiveram um papel significativo na relação que construiu com seu passado.
Em Mê’ok: nossa pintura (2014), os simbolismos da transmissão de conhecimentos às novas gerações são exaltados em um exercício de memória e pertencimento, ao lado do cenário cotidiano da aldeia no sul do Pará. Produzido pelo Museu do Índio, com o protagonismo do cineasta Bepunu e outras pessoas da identidade Kayapó, o curta expande o diálogo com as cosmologias Mebengokré a partir do universo dos grafismos, em uma série de entrevistas e registros com pessoas que cresceram com a pintura do jenipapo e urucum feita por suas mães, tornando-se processos de manutenção da tradição até os dias atuais. “O foco da lente se abre e as narrativas se expandem, versando sobre uma arte ancestral que desvenda aspectos pouco conhecidos e muito significativos do cotidiano e da cosmopotência daquele povo”, pontua o curador Edson Kayapó.
Exposición. 17 dic de 2024 - 16 mar de 2025 / Museo Picasso Málaga / Málaga, España
Formación. 01 oct de 2024 - 04 abr de 2025 / PHotoEspaña / Madrid, España