Descripción de la Exposición
Ruy Leitão nasceu em 1949, estudou em Londres onde foi aluno de Patrick Caulfield, nome maior da Pop-Art Britânica e foi contemporâneo do movimento hippie. Praticou uma pintura urbana com uma grande profusão e multiplicidade de imagens, como lápis, botões, pentes, chapéus, sapatos, sacos, saias, casacos, laços, tecidos. As suas paisagens funcionam como tramas com elementos repetitivos. Tinha um projeto, de que mostramos três trabalhos, de fazer pinturas como se fossem peças de tecido para serem vendidas a metro.
Hellmut Wohl escreveu, em 1974, "Para Ruy Leitão, como para outros artistas contemporâneos, inclusive o seu professor Patrick Caulfield, este mundo é o jardim onde ele vai buscar a sua inspiração. A sua linguagem visual, ao contrário dos jardins mais simples do passado, assenta na ambiguidade entre a imagem e o sinal, a novidade e o cliché, a invenção e a repetição, a familiaridade e a surpresa. No entanto, como nos jardins da infância ou da história, ele oferece à imaginação beleza, mistério, nostalgia e deleite. Para Ruy Leitão, as suas imagens entram numa espécie de estado fluído e onírico em que brilham e se multiplicam como entre membranas excessivamente afinadas do cérebro.
Um artista tenta comunicar através do seu trabalho. Isto é particularmente verdade em Ruy. A sua forma reservada na comunicação verbal, precisava de uma saída através duma saída duma linguagem visual, própria (carta para um amigo). Pessoal, mas baseada na familiaridade e no dia-a-dia, não procurando obscuridade mas sim revelação. A sua linguagem é tanto espirituosa como profunda e comunicante a vários níveis". Assim escreveu Patrick Caulfield no catálogo da exposição de Ruy Leitão na F.C.G., em 1985.
Paula Rego escreveu "É um artista único. Na Pintura Portuguesa acho de longe o melhor da sua geração apesar de que, para mim, é um dos melhores de sempre".
A sua vida terminou aos 26 anos deixando dezenas de desenhos e pinturas em papel e uma pintura sobre tela. Tão pouca vida para tantos projetos.
Expôs individualmente na Galeria 111 de Lisboa em 1970 e 1994 e na Galeria 111 do Porto em 2002. Em 2014 teve obras na exposição 50 ANOS DA GALERIA 111, em Lisboa. As suas obras foram mostradas no CAMB de Algés nas exposições ANOS 60 (2007), À VOLTA DO PAPEL (2008) e LAÇOS DE FAMÍLIA (2015).
Maria Arlete Alves da Silva
Exposición. 31 oct de 2024 - 09 feb de 2025 / Artium - Centro Museo Vasco de Arte Contemporáneo / Vitoria-Gasteiz, Álava, España
Formación. 16 nov de 2024 - 17 nov de 2024 / Bizkaia Aretoa / Bilbao, Vizcaya, España
La mirada feminista. Perspectivas feministas en las producciones artísticas y las teorías del arte