Considerado hoje pela critica especializada de Minas como “um dos mais importantes artistas plásticos mineiros em atividade”, Paulo Miranda já soma mais de 30 anos de dedicação diária ao seu trabalho em artes plásticas. Fruto da “Geração 80”, Miranda construiu sua própria trajetória utilizando o papel, a lona e o pigmento natural como base para o desenvolvimento de sua obra, sempre fiel ao material escolhido.
A Exposição “Ruídos e Silêncio”, apresentada na Galeria Monica Filgueiras, evidencia a preferência do artista pelos tons mais frios. São pinturas que lidam mais com tragédia, com o soturno e com a melancolia das coisas e discute a diversidade do mundo. Partindo dos resíduos dinâmicos desgastados pelo tempo e encontrados pelo artista em objetos e espaços diversos, como muros, tapumes e paredes, Paulo Miranda, num jogo de construir e destruir, realiza suas pinturas de um modo muito particular. Do resultado destas pesquisas nascem superfícies de grande...riqueza matérica e grande sensibilidade, marcadas pela tensão entre ordem e caos e repletas de informação que nos remete a uma aridez impressa nessas superfícies desgastadas.
Segundo o historiador Rodrigo Vivas: "Para Miranda, a técnica e a forma ganham força na ação, no enfrentamento com os materiais, no processo de sedimentação. Não existe um plano ou uma teoria antecedentes à ação que se materializa em sua obra, podendo ser associadas às produções de artistas como Soulages e Alberto Burri".
Foi aluno de desenho e pintura dos artistas Hélio Siqueira, Frans Krajecberg, Karin Lambrecht, Shirley Paes Leme, Alex Cerveny, entre outros e já realizou mais de 70 exposições no Brasil e no exterior. Nasceu em Adamantina SP e atualmente reside e tem seu atelier em Uberaba MG.
Entrada actualizada el el 19 jun de 2018
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