Descripción de la Exposición Robert Morris (Kansas City, 1931) é, desde as décadas de 1960 e 70, um dos grandes protagonistas da mudança de paradigma nas linguagens artísticas contemporâneas. Quando chega a Nova Iorque, em 1959, Morris é um dos fundadores do Judson Dance Theater, um lugar de encontro de artistas visuais e performativos cujas actividades são redefinidas por processos de trabalho onde a improvisação e a colaboração surgem como métodos de encontro e de criação. Morris coreografa então diversas obras, entre as quais Arizona (1963), 21.3 (1964), Site (1964) e Waterman Switch (1965). No seu trabalho desta época, Morris cruza a linguagem da escultura minimalista com a arte processual (process art), construindo obras que encontram os seus momentos de apresentação fora dos espaços da galeria ou do museu. É também um dos artistas que assumem projectos artísticos de grandes dimensões na paisagem (os earthworks). Alguns dos seus primeiros objectos minimalistas foram criados para performances de dança. Com uma formação anterior em Engenharia, Morris dá grande atenção a novos materiais, às suas características e processos de activação ou de transformação. Produzindo primeiro uma série de trabalhos que utilizam a madeira ou o metal, o artista explora as características de outros materiais moles ou flexíveis nas suas esculturas, que utilizam o feltro ou diversos materiais reciclados das suas funções originais. Investiga então qualidades como o peso, a gravidade, o equilíbrio. Dedica-se igualmente à actividade crítica e ensaística, sendo autor de alguns textos fundamentais da reflexão artística contemporânea. A exposição de Robert Morris no Museu de Arte Contemporânea de Serralves irá centrar-se sobretudo nos seus filmes e vídeos, que assumem a forma de algumas das experiências mais inovadoras sobre a relação do cinema com as artes visuais e performativas na segunda metade do século XX. O cinema é para Morris quer um suporte de documentação de acções efémeras, cujos momentos e duração encontram nele o seu registo, quer uma linguagem artística que ele explorará nas suas várias possibilidades. Torna-se por isso particularmente relevante a apresentação em Serralves dos filmes de Robert Morris ao lado da reconstituição de Bodyspacemotionthings [Corpoespaçomovimentocoisas], uma obra que o artista concebeu originalmente em 1971 para a Tate Gallery, de Londres, e reapresentada em 2009 na Tate Modern. Aberta à participação do público e activada pelo envolvimento físico do espectador ? que, convidado a subir, escorregar, balançar através dos seus elementos (cilindros, rampas, túneis e paredes), assume a condição de participante no processo artístico ? esta instalação ocupa um lugar pioneiro na história da arte contemporânea. Mais do que ver, fazer e participar serão acções que revolucionam a condição do espectador. A apresentação desta exposição de Robert Morris é um dos momentos mais importantes do ciclo Improvisações/Colaborações, depois da presença em Serralves de artistas que com ele colaboraram (como aconteceu no ciclo dedicado a Babette Mangolte) ou da inclusão de trabalhos seus na exposição 'Off the Wall', organizada pelo Whitney Museum of American Art, responsável em 1970 pela primeira apresentação museológica individual da obra do artista. Das numerosas exposições onde a obra de Morris tem sido apresentada, destaca-se a exposição retrospectiva que lhe foi dedicada pelo Solomon R. Guggenheim Museum de Nova Iorque, em 1994.
Exposición. 19 nov de 2024 - 02 mar de 2025 / Museo Nacional del Prado / Madrid, España
Formación. 23 nov de 2024 - 29 nov de 2024 / Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía (MNCARS) / Madrid, España