Rita GT (Porto, 1980), é neste momento uma das mais destacadas artistas portuguesas a refletir sobre os temas de identidade e memória colonial, com foco em questões de género e direitos humanos. Começa o ano de 2019 com a inauguração da sua próxima exposição individual (Re)membering – (For)getting, na Galeria Belo-Galsterer em Lisboa.
A artista apresenta novas esculturas e instalações sobretudo em cerâmica, e imagens inéditas no que é a sua segunda exposição individual na Galeria Belo-Galsterer.
Esta exposição é comissariada por George Shire (ZW, 1952), investigador independente, pensador radical e teórico cultural decolonialista, historiador de ideias, DJ, e saxofonista, sediado em Londres.
Segundo George Shire, esta exposição é um convite a refletir sobre a construção da memória, e como história é construída, George Shire vê aqui a possibilidade de fraccionar o passado, desmembrar o que foi e voltar a juntar essas peças para recompor o que já foi de...outra forma. (Em inglês o título exemplifica isso através da forma como foi escrito a palavra ‘lembrar’: (re)member.) Assim o convite para lembrar e esquecer – título da exposição – é uma tentativa para re-imaginar as nossas histórias individuais e colectivas.
Ao usar a cerâmica no seu trabalho, Rita GT recupera esta técnica e médium como um símbolo da história portuguesa, reflectindo ao mesmo tempo sobre o lugar da mulher na história. Ao fazer parte da esfera do “doméstico”, como diz George Shire, "a cerâmica projeta-se no centro da produção e circulação ideológica do trabalho com preocupações de género e feministas."
Entrada actualizada el el 15 mar de 2019
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