Descripción de la Exposición
Esta exposição coloca em contexto os trabalhos de Manuel Botelho e Daniel Barroca, dois artistas portugueses para quem a memória surge como um dos temas centrais. Nas suas práticas, a apropriação de imagens, documentos, objectos, é frequente e utilizada como forma de explorar diferentes temporalidades e experiências da imagem.
O trabalho dos dois autores cria um interessante diálogo para pensar questões ligadas à representação da memória. Neste caso concreto, os dois evocam o imaginário da guerra colonial portuguesa, que decorreu entre 1961 e 1974, por intermédio de imagens fotográficas vernaculares que são manipuladas e apresentadas atarvés da fotografia e do vídeo.
Manuel Botelho, parte da apropriação de dois álbuns fotográficos de um militar português, para nos apresentar Álbum, o seu mais recente projecto, composto por duas projecções de vídeo com sequências de imagens fixas. Neste trabalho, o autor evidencia o gesto performativo do indivíduo fotografado, uma encenação que nos transporta para um imaginário ficcional, onde o autor joga com a relação entre a realidade e a ficção, a construção histórica e o imaginário.
Soldier Playing with Dead Lizard, de Daniel Barroca, é um trabalho composto por oito sequências vídeo realizadas a partir de fragmentos de fotografias de soldados portugueses que combateram na Guiné Bissau, entre 1972 e 1974. A imagem é acompanhada por uma montagem de sons, também estes fragmentados, onde se juntam ruídos, respiração e palavras imperceptíveis. Barroca trabalha o arquivo nos seus detritos, nas suas perdas, não para alcançar respostas mas, em vez disso, para questionar os limites da representação histórica.
Os dois autores, um contemporâneo da geração à qual pertencem as imagens e o outro herdeiro dessa geração, apresentam diferentes estratégias para ler, interpretar e activar a imagem do passado, através de práticas que se complementam e demonstram não só as inquietações provocadas pela imagem, mas também a necessidade de reconfiguração dessas imagens, da contrução de sentido contra a erosão do tempo, na reescrita colectiva do agora, um acto necessário para uma resposta e promessa de futuro.
A exposição realiza-se no contexto do seminário de investigação "REENQUADRAR O ARQUIVO - Imagem, Tempo, Memória", que se realiza no Centro Português de Fotografia, nos dias 23 e 24 de Novembro 2018.
Actualidad, 21 nov de 2018
#loquehayquever en Portugal: arte asiático, abstracción española y creación emergente
Por Paula Alonso Poza
El Museo Coleção Berardo, el MAAT y el Museo de Serralves se sitúan a la cabeza de nuestra selección mensual con destacadas muestras nacionales e internacionales. Hay, además, propuestas que tienden puentes con otras colecciones ...
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