Descripción de la Exposición
"Redución", Prémio de Fotografia Contemporânea da Galiza 2019, questiona sobre os procedimentos de redução policial e sua carga a pessoas 'sem documentos' que estão no território do Estado espanhol. O projeto é composto por vários capítulos com diferentes gramáticas. Num deles, as imagens têm a capacidade de colocar o espetador num outro lugar. Nelas são representadas as pessoas migrantes 'sem documentos', com cenas que bebem diretamente da fotografia de moda. A estetização da violência e o facto de substituir o agente policial (braço executor da violência estatal) pelo indivíduo que recebe a violência (migrante sem documentos), cria em nós uma empatia com os corpos violentados, o que nos ajuda a entender também como operam os mecanismos e processos de construção de imagens da hegemonia. O maniqueísmo de pensar que nós somos sempre os bons e os maus são sempre os outros.
Num outro capítulo o autor serve-se da linguagem documental para fazer uma recolha dos espaços transitados pelas pessoas migrantes. A condição ilegal do imigrante (corpo) determina se é possível ou não transitar de forma regular em todas as ruas. As viagens diárias das pessoas migrantes são afetadas pelo facto de elas não possuírem documentos de identificação. A polícia realiza periodicamente inspeções em áreas nas que, estatisticamente, podem capturar mais pessoas sem documentos, as chamadas zonas Quentes, e cada vez que se percebe a presença policial nessas áreas, as pessoas migrantes evitam ser vistos, para que não sejam descobertos. As cenas criadas por Felipe, corpos em vazios, levam-nos a pensar na mudança de hábitos no trânsito habitual dos migrantes.
Felipe também nos mostra a documentação de dois manuais policiais espanhóis que tem em sua posse, um deles faz parte do Manual de Defesa Policial do Corpo Nacional de Polícia, nos quais são estabelecidos protocolos para reduzir o corpo, exercendo-se força por meio de técnicas de combate, na tentativa de salientar a opressão do poder estabelecido. Para além dos textos, também as imagens extraídas destes manuais têm grande potencial, dando a entender como a violência é normalizada pelos que a exercem.
Felipe Romero Beltran
Colômbia
Felipe Romero Beltran, de 26 anos, é um artista visual de Bogotá, Colombia.
Depois de viver a sua infância na cidade de Bogotá, Felipe recebeu uma bolsa para ir estudar para a Argentina e mudou-se para Buenos Aires para estudar artes visuais. Nessa altura já tinha um grande interesse pela fotografia documental e tinha feito várias viagens para desenvolver os seus projetos pessoais. Em 2014, recebeu uma bolsa para estudar em Jerusalem na Academy of Arts Bezalel e mudou-se para Israel. Neste período, desenvolveu projetos de fotografia sobre a Palestina, Egipto e Isral, concentrando-se em questões sociais. Em 2016 mudou-se para Madrid e foi estudar fotografia – Master of Arts in Photography na King Juan Carlos University. Neste momento, Felipe esta a desenvolver projetos sobre os processos pós-conflito na América Latina ao mesmo tempo que termina o seu doutoramento em comunicação de fotografia documental pela Complutense University of Madrid.
Felipe trabalha com várias revistas tais como: XLSemanal (Spain), Esquire (Spain) e com a Vogue (Spain). Este já recebeu vários prémios tais como: Sony Photography Awards (2016), World Nomads Scholarship (2017), Canon Visa pour l’image (2017), Burnmagazine EPF (2018), New York Times Portfolio Review (2019), Photoespaña HACER (2019).
Exposición. 11 sep de 2020 - 31 oct de 2020 / Museu Nogueira da Silva / Braga, Portugal
Exposición. 19 nov de 2024 - 02 mar de 2025 / Museo Nacional del Prado / Madrid, España
Formación. 23 nov de 2024 - 29 nov de 2024 / Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía (MNCARS) / Madrid, España