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RED Africa - Things Fall Apart

Exposición / Galeria Av. da Índia / Avenida da Índia, 170 / Lisboa, Portugal
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Cuándo:
07 dic de 2016 - 12 mar de 2017

Inauguración:
07 dic de 2016

Comisariada por:
Mark Nash

Organizada por:
Galerias Municipais - Cámara Municipal de Lisboa - EGEAC - Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural

       


Descripción de la Exposición

A EGEAC - Galerias Municipais/AFRICA.CONT apresenta o programa RED AFRICA e a exposição Things Fall Apart, comissariada por Mark Nash, na Galeria Avenida da Índia, em Lisboa, com inauguração no dia 7 de Dezembro de 2016 às 19h. Apresentam-se artistas, cineastas e grupos de África, Ásia, Europa e América do Norte que baseados em filmes, fotografia, propaganda e arte pública expõem reflexões interdisciplinares sobre as relações entre África, a União Soviética e os países da sua área de influência. A exposição Things Fall Apart foi buscar o seu título ao romance homónimo de Chinua Achebe publicado originalmente em 1958. Esta obra clássica de ficção pós-colonialista, que foi publicada em Portugal com o nome "Quando Tudo se Desmorona", é considerada por muitos o arquétipo do romance moderno africano escrito em inglês. A sua história reflete sobre o impacto devastador do colonialismo em África. A exposição faz esta associação como uma forma de olhar para uma perda semelhante da perspetiva utópica com o fim da Guerra Fria e com o colapso do investimento do Bloco de Leste no desenvolvimento político e cultural em África. Things Fall Apart apresenta quinze projetos de artistas contemporâneos relacionados de diversas maneiras com este tema. A exposição prossegue o trabalho de investigação sobre o Socialist Friendship (Calvert 22, 2013-2015), explorando o plano soviético de bolsas académicas para apoiar países onde se travavam lutas de libertação anticolonialistas e para desenvolver quadros técnicos comunistas nesses mesmos países. Havia ligações particularmente fortes com países como Moçambique, Gana, Etiópia e Angola, onde decorriam guerras de libertação ou que, após a independência, faziam parte do Movimento dos Não Alinhados. O ponto de partida deste projeto de investigação foi um programa radiofónico produzido por Burt Caesar para a BBC Radio 4 em 2009, com o título Black Students in Red Russia, que pode ser ouvido na galeria. Things Fall Apart foca especialmente o cinema como um meio para desenvolver uma estética militante, uma estética orientada para imaginar um futuro independente das potências coloniais, bem como para criar elos internacionais entre os países africanos e os mundos comunista e em desenvolvimento. A guerra civil que rebentou em 1975, no seguimento da independência de Angola da hegemonia de Portugal, viu o envolvimento da União Soviética, Cuba e Estados Unidos da América, entre outros, apoiando fações políticas rivais numa tentativa de ganhar influência sobre o país recém-independente. Dois trabalhos fotográficos de Kiluanji Kia Henda, que vive e trabalha em Luanda, Angola, e Lisboa, Portugal, registam vestígios do apoio cubano e soviético durante a Guerra Fria. As fotografias a preto e branco da fotógrafa sul-africana Jo Ractliffe também oferecem uma visão da Angola contemporânea, refletindo sobre a sua história recente. Ractliffe visitou Angola pela primeira vez em 2007, cinco anos depois do fim da guerra civil. Os quatro trabalhos apresentados nesta exposição pertencem às séries Terreno Ocupado (2007-2008) e As Terras do Fim do Mundo (2009-2010), e focam a Luanda contemporânea e as paisagens de conflito (incluindo a "Guerra das Matas" junto da fronteira entre Angola e África do Sul, 1966-1989). O tríptico de pinturas murais retrata três figuras chave da Guerra Civil Angolana: o líder cubano Fidel Castro, o líder soviético Leonid Brezhnev e o primeiro presidente de Angola, Agostinho Neto. Conakry (2012-2013) é um filme de 16 mm de Filipa César encenado no Haus der Kulturen der Welt, em Berlim. Este filme revisita imagens do arquivo guineense que documentam uma exposição organizada em 1972 por Amílcar Cabral no Palais du Peuple, em Conakry, relatando o estado da guerra contra o domínio português. Filipa César convidou a escritora portuguesa Grada Kilomba e a rádio-ativista americana Diana McCarty para refletirem sobre estas imagens e a sua história. O Arquivo Wayland Rudd (The Wayland Rudd Archive 2014), recolhido por Yevgeniy Fiks (nascido em Moscovo, a viver em Nova Iorque) e aqui apresentado como uma projeção de uma série de imagens digitais, foca a representação dos africanos e afro-americanos na cultura visual soviética. O arquivo é constituído por mais de 200 imagens soviéticas (pinturas, fotografias de cena, cartazes, grafismos, etc.) desde a década de 1920 até aos anos 1980. Wayland Rudd foi um ator americano que se mudou para a União Soviética em 1932. Durante os vinte anos da sua carreira na União Soviética, Rudd apareceu em numerosos filmes, performances e peças teatrais. Apesar de apenas uma pequena secção das imagens reunidas no Arquivo Wayland Rudd serem do próprio Wayland Rudd, o projeto recebeu o seu nome como forma de homenagear a história pessoal deste ator afro-americano soviético como exemplo ilustrativo da complexa interseção entre raça e comunismo na narrativa soviético-americana do século XX. O projeto Travelling Communiqué, concebido por Armin Linke, Doreen Mende e Milica Tomić, explora a ideia da amizade política. O ponto de entrada é a coleção de 1200 fotografias tiradas durante a primeira conferência do Movimento dos Não Alinhados (MNA) que decorreu em Belgrado, em 1961. Os grupos que combatiam o imperialismo e o colonialismo em África, na Ásia, Europa e América Latina criaram uma mensagem coletiva dos 25 delegados na conferência MNA para o mundo exterior. Nessa altura, era possível entender o MNA como um terceiro espaço de emancipação, um espaço que procurava desestabilizar um mundo bipolarizado sem estabelecer um terceiro bloco de poder. A Nossa África (Our Africa, 2016), do cineasta Alexander Markov, sedeado em São Petersburgo, utiliza imagens em movimento do Arquivo de Filme e Fotografia do Estado Russo para expor os mecanismos por detrás da criação de filmes de propaganda soviética, que procuravam registar a expansão do "glorioso socialismo" no continente africano. Este projeto faz parte de um documentário em formato de longa-metragem de Markov, atualmente em processo de pós-produção. Sobre Labudovic: Cinema, Escola e Guerra da Independência (On Labudovic: Cinema, School and War of Independence, 2014-2016), uma nova peça de Milica Tomić, que vive e trabalha em Belgrado, na Sérvia, explora uma lógica de cumplicidade e confiança política através do trabalho do fotógrafo e cineasta Stevan Labudović. Este começou o seu trabalho com 17 anos de idade, a fazer jornais de parede partidários durante a Segunda Guerra Mundial. Em 1959, foi enviado para a Argélia pelo Central Film News Studio (Jugoslávia) numa ação de apoio à luta anticolonial durante a Guerra da Independência da Argélia (1954 -1962). Labudović passou quase três anos com guerrilheiros argelinos, com a câmara numa mão e uma arma na outra, e criou uma escola de filme e fotografia para os combatentes no campo de batalha. As duas peças mostradas pelo artista londrino Isaac Julien foram produzidas durante a sua instalação de imagens em movimento Fantôme Afrique (2005), que entrelaça referências cinematográficas e arquitetónicas através da Ouagadougou urbana, o centro do cinema em África, e os espaços áridos do Burkina Faso rural. Desafiando as indicações do Banco Mundial, sob a liderança do líder revolucionário Thomas Sankara, o Burkina Faso desenvolveu uma economia das indústrias criativas centrada na produção de filmes e televisão, e continua a organizar o principal festival (bienal) de cinema na África subsaariana. Cinema Cinema, de Julien, apresenta um dos cinemas ao ar livre em Ouagadougou. Place des Cinéastes mostra uma rotunda na capital do Burkina Faso, que glorifica os elementos mecânicos da câmara e do projetor. Mostradas em conjunto, as três maquetes de esculturas da artista de Lisboa Ângela Ferreira, que nasceu em Maputo, Moçambique, e cresceu na África do Sul, prestam homenagem aos workshops de cinema que o realizador e etnógrafo francês Jean Rouch instalou em Moçambique. Após a declaração de independência em 1975, Rouch e uma equipa de realizadores chegaram a Maputo em 1976 para lecionar uma série de workshops de Super 8 na Universidade Eduardo Mondlane e em diversas comunidades rurais, onde Rouch testou as suas ideias de usar os filmes Super 8 como instrumento de desenvolvimento. As fotografias que fazem parte de Estudo para Monumento às oficinas de filme Super 8 de Jean Rouch em Moçambique (Study for Monument to Jean Rouch’s Super 8 film workshops in Mozambique, 2011-2012) foram feitas por Françoise Foucault em Moçambique, com o objetivo de documentar o processo de trabalho e os diversos locais de filmagem e exibição durante os workshops de Super 8. A instalação do artista cubano Tonel, que vive e trabalha em Vancouver, reflete sobre a relação histórica entre a URSS e Cuba através do olhar da corrida espacial, real e imaginária. Os objetos apresentados na vitrina pertenciam, presumivelmente, à equipa de cientistas aeroespaciais internacionais (cubanos, soviéticos, alemães, americanos) conhecidos como os "Heróis de Baikonur". Estes objetos são acompanhados por páginas do livro do artista Despachos da Zona de Guerra (Dispatches from the War Zone, 2009-2014), que tem a sua própria banda sonora criada em colaboração com Bob Turner, um músico a viver em Vancouver. A instalação também inclui três desenhos emoldurados. Nos últimos anos, o artista sul-coreano Onejoon Che tem vindo a trabalhar num projeto relacionado com monumentos e arquiteturas em África, construídas na Coreia do Norte. Mansudae Master Class (2015) prossegue as explorações anteriores do artista em busca de ligações entre a geopolítica militar e económica, e é apresentado num filme de longa-metragem, fotografias e instalações. Estabelecido em 1959 por ordem de Kim Il-Sung, o Estúdio de Arte Mansudae tem um papel central no engrandecimento da imagem nacional da Coreia do Norte, através da produção de estátuas e retratos do Amado Líder. Em 1974, erigiu o Monumento Tiglachin na Etiópia e, posteriormente, doou edifícios públicos e monumentos a vários países africanos, incluindo Madagáscar, Togo e Guiné. Em 2010, os Projetos Ultramarinos de Mansudae ganharam atenção renovada com a inauguração do Monumento ao Renascimento Africano em Dakar, capital do Senegal. Radovan Cukić (Belgrado) e Ivan Manojlović (Belgrado), curadores do Museu da História Jugoslava, em Belgrado, apresentam uma seleção de imagens do Arquivo Presidencial digitalizado de Josip Broz Tito. Estabelecido em 1947 como parte da Divisão de Imprensa do Gabinete do Marechal da Jugoslávia (posteriormente Gabinete do Presidente da República), com o objetivo de documentar a atividade social e política de Tito, contém mais de 200 000 negativos de todos os eventos importantes desde 1947 até 1980 em que Tito participou. Fotografias selecionadas captadas por Dragutin Grbić, Miloš Rašeta, Aleksandar Stojanović e Mirko Lovrić foram reveladas e oferecidas a Tito em 708 caixas com o formato de livro, tornando-se assim o seu "álbum de família", que foi exposto após a sua morte na sua residência oficial, que mais tarde foi transformado no Museu da História Jugoslava. Paulo Kapela cria retratos do seu universo interior, combinando filosofia Bantu, Catolicismo, Rastafarianismo e iconografias socialistas, juntamente com um forte sentimento de uma cultura local de veneração. Em pinturas e colagens com diversas dimensões, Kapela retrata personalidades dos media internacionais. Há trabalhos que mostram o presidente atual de Angola, José Eduardo dos Santos, ao lado do primeiro presidente, Agostinho Neto. Uma iconografia socialista é claramente visível quer no modo como ele retrata as figuras revolucionárias, como é o caso de Deolinda Rodrigues ou Hoji-ya-Henda, mas também pelo uso de símbolos socialistas como a estrela vermelha ou os emblemáticos ícones da nação socialista como a catana e a roda dentada. O pintor congolês Tshibumba Kanda-Matulu retrata eventos e personalidades importantes nos seus trabalhos. Em 1960, o Congo (RDC) tornou-se independente e Patrice Lumumba - politicamente orientado para o socialismo - fez o seu famoso discurso, no qual condenou fortemente as políticas colonialistas. O regime de Lumumba durou apenas dez semanas. Com o apoio da Bélgica, o general Joseph Mobutu tomou o poder e Lumumba foi preso e assassinado em circunstâncias misteriosas. // EGEAC - Galerias Municipais/AFRICA.CONT presents the programme RED AFRICA and the exhibition Things Fall Apart curated by Mark Nash, at Galeria Avenida da Índia, Lisbon, opening on December 7th at 7pm. The exhibition will feature artists, filmmakers and groups from across Africa, Asia, Europe and North America. Drawing on film, photography, propaganda and public art, the exhibition presents interdisciplinary reflections on African connections to the Soviet Union and related countries. The exhibition Things Fall Apart takes its title from Chinua Achebe’s 1958 classic of post-colonial fiction, Things Fall Apart. Seen by many as the archetypal modern African novel in English, the book reflects on the devastating impact of colonialism in Africa. The exhibition uses this association to focus on a similar loss of utopian perspective following the end of the Cold War and collapse of the Communist Bloc’s investment in African cultural and political development. Things Fall Apart presents fifteen contemporary artists’ projects linked to this theme in different ways. The exhibition continues the work of the Socialist Friendship research strand (Calvert 22, 2013-2015) exploring the Soviet educational bursary scheme supporting countries that were conducting anti-colonial liberation struggles and developing Communist cadres within them. Connections were particularly strong with countries such as Mozambique, Ghana, Ethiopia and Angola that were conducting liberation struggles or which, post-independence, were part of the Non-Aligned Movement. The starting point for this research project, a radio programme produced by Burt Caesar for BBC Radio 4 in 2009 called Black Students in Red Russia, is available to listen to in the gallery. Things Fall Apart has a particular focus on cinema as a means of developing a militant aesthetic, one intended to imagine a future independent of the colonial powers as well as creating international links between African countries and the developing and Communist worlds. The civil war that began in 1975 following Angola’s independence from Portugal saw the involvement of the Soviet Union, Cuba and the United States, amongst others, who supported rival political factions in an attempt to gain influence over the newly independent country. Two photographic works by Kiluanji Kia Henda, who lives and works in Luanda, Angola and Lisbon, Portugal, record traces of Cuban and Soviet support during the Cold War. The black and white photographic works of South African photographer Jo Ractliffe also offer a view of contemporary Angola and reflect on its recent history. Ractliffe first travelled to Angola in 2007, five years after the end of the civil war. The four works featured in the exhibition belong to the series Terreno Ocupado (2007-2008) and As Terras do Fim do Mundo (2009-2010), and address contemporary Luanda and the landscapes of conflict (including the ‘Border War’ between Angola and South Africa, 1966-1989). The triptych of murals depicts three key leaders implicated in the Angolan Civil War, the Cuban leader Fidel Castro, the Soviet leader Leonid Brezhnev and Angola’s first president, Agostinho Neto. Staged at the Haus der Kulturen der Welt, Berlin, Filipa César’s Conakry (2012-2013) is a 16 mm film that revisits a reel from the Guinean archive which documents an exhibition organized by Amílcar Cabral at the ‘Palais du Peuple’ in 1972 in Conakry, reporting on the state of the war against Portuguese rule. César invited the Portuguese writer Grada Kilomba and the American radio activist Diana McCarty to reflect on these images and their history. The Wayland Rudd Archive, collected by Yevgeniy Fiks (born in Moscow, lives in New York) and displayed here as a projected series of digital images, focuses on the representation of Africans and African-Americans in Soviet visual culture. It is comprised of over 200 Soviet images (paintings, movie stills, posters, graphics, etc.) from the 1920s to the 1980s. Wayland Rudd was an American actor who moved to the Soviet Union in 1932. During Rudd’s twenty-year-long career there, he appeared in numerous films, theatrical performances and plays. Although only a small section of the assembled images in The Wayland Rudd Archive are of Wayland Rudd himself, the project is given his name to commemorate this African American-Soviet actor’s personal story as a case in point of the complex intersection of race and communism in the 20th century American-Soviet narrative. The Travelling Communiqué project conceived by Armin Linke, Doreen Mende and Milica Tomić explores the idea of political friendship. Its point of entry is the collection of 1,200 photographs taken during the first Conference of the Non-Aligned Movement (NAM), held in Belgrade in 1961. Those who were fighting imperialism and colonialism in Africa, Asia, Europe and Latin America set a collective message from the 25 delegates to the NAM conference to the outside world. At that moment, the NAM could be understood as a third space of emancipation, one that sought to unsettle a bipolar world without the establishment of a third power bloc. Our Africa (2016) by filmmaker Alexander Markov, based in St Petersburg, uses footage from the Russian State Film and Photo archive to expose the mechanisms behind the creation of Soviet propaganda films that sought to record the expansion of ‘glorious socialism’ across the African continent. This project is part of a feature length documentary by Markov, currently in post-production. On Labudovic: Cinema, School and War of Independence (2014-2016), a new work by Milica Tomić, based in Belgrade, Serbia, explores a logic of complicity and political trust through the work of photographer and filmmaker Stevan Labudović. He began his work at the age of seventeen by making partisan wall newspapers during World War II. In 1959 he was sent to Algeria by Central Film News Studio (Yugoslavia) to support the anti-colonial struggle during the Algerian War of Independence (1954 -1962). Labudović spent almost three years with Algerian partisans, carrying a camera in one hand and a weapon in the other, and established a film and photography school for the partisans on the battlefield. Both works shown by London-based artist Isaac Julien were produced during his moving image installation Fantôme Afrique (2005), which weaves cinematic and architectural references through urban Ouagadougou, the center for cinema in Africa, and the arid spaces of rural Burkina Faso. In defiance of World Bank prescriptions, under revolutionary leader Thomas Sankara, Burkina Faso developed a creative industries economy focusing on film and television production and continues to host Sub-Saharan Africa’s major biennial film festival. Julien’s Cinema Cinema presents one of the open-air cinemas in Ouagadougou. Place des Cinéastes shows a roundabout in the capital of Burkina Faso, which celebrates the mechanical elements of the camera and projection apparatus. Shown together for the first time, the three maquettes for sculptures by Lisbon-based artist Ângela Ferreira, who was born in Maputo, Mozambique and grew up in South Africa, pay homage to the film workshops that Jean Rouch, the French filmmaker and ethnographer, established in Mozambique. After the declaration of independence in 1975, Rouch and a team of filmmakers arrived in Maputo in 1976 to run a series of Super 8 workshops at the University Eduardo Mondlane and various rural communities, where Rouch tested his ideas of using Super 8 film as a tool for development. The photographs that form part of Study for Monument to Jean Rouch’s Super 8 film workshops in Mozambique (2011-2012) were made by Françoise Foucault in Mozambique for the purpose of documenting the working process and various filming and screening locations during the Super 8 film workshops. The installation by Cuban artist Tonel, who lives and works in Vancouver, reflects on the historic relationship between the USSR and Cuba through the lens of the space race, real and imaginary. The objects displayed in the vitrine supposedly belonged to the team of international (Cuban, Soviet, German, American) rocket scientists known as the ‘Heroes of Baikonur’. These objects are accompanied by pages from the artist’s book Dispatches from the War Zone (2009-2014), which has its own soundtrack created in collaboration with Bob Turner, a Vancouver-based musician. The installation also includes three framed drawings. For the last few years, South Korean artist Onejoon Che has been working on a project related to monuments and architectures in Africa built by North Korea. Mansudae Master Class (2015) continues the artist’s previous explorations of links between military and economic geopolitics and is presented in a feature-length film, photographs and installations. Established in 1959 by the order of Kim Il-sung, Mansudae Art Studio plays a central role in enhancing North Korea’s national image by producing statues and portraits of the Dear Leader. In 1974, it erected the Tiglachin Monument in Ethiopia and subsequently donated public buildings and monuments in a number of African countries including Madagascar, Togo and Guinea. In 2010, Mansudae Overseas Projects received new attention when the African Renaissance monument was unveiled in Dakar, the capital city of Senegal. Radovan Cukić (Belgrade) and Ivan Manojlović (Belgrade), curators from the Museum of Yugoslav History, Belgrade, present a selection of images from the digitized Presidential Archive of Josip Broz Tito. Set up in 1947, as part of the Press Division of the Cabinet of the Marshal of Yugoslavia (subsequently the Cabinet of the President of the Republic), with the aim of documenting the social and political activity of Tito, it contains over 200,000 negative films of all the important events from 1947 to 1980 that Tito participated in. Selected photos made by Dragutin Grbić, Miloš Rašeta, Aleksandar Stojanović and Mirko Lovrić were developed and handed over to Tito in 708 book-shaped boxes that thus came to be his private i.e., ‘family album’, which was exhibited after his death in his official residence that was subsequently turned into the Museum of Yugoslav History. Paulo Kapela creates depictions of his inner universe, combining Bantu philosophy, Catholicism, Rastafarianism and socialist iconographies together with a strong sense of a local praise culture. In paintings and collages of various sizes he depicts personalities from the international media. There are works showing Angola's current president José Eduardo dos Santos next to one of the first president, Agostinho Neto. A socialist iconography is clearly visible both in the way he depicts revolutionary figures such as Deolinda Rodrigues or Hoji-ya-Henda, but also by the use of socialist symbols such as the red star or the emblematic icons of the socialist nation like the machete and the hoe. The Congolese painter Tshibumba Kanda-Matulu depicts important events and personalities in his works. In 1960 Congo (DRC) became independent and Patrice Lumumba - politically directed towards socialism - gave his famous speech, in which he sharply condemned colonial policies. Lumumba’s regime lasted only ten weeks. With Belgian support, General Joseph Mobutu took power and Lumumba was arrested and killed under mysterious circumstances.


Entrada actualizada el el 02 abr de 2017

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