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Quimera

Exposición / Galeria de Babel [ESPACIO CERRADO] / Alameda Lorena 1257 Casa 2 / São Paulo, Sao Paulo, Brasil
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Cuándo:
10 jun de 2015 - 31 jul de 2015

Inauguración:
10 jun de 2015

Precio:
Entrada gratuita

Comisariada por:
Jully Fernandes

Organizada por:
Galeria de Babel

Artistas participantes:
Pablo Boneu
Etiquetas
Fotografía  Fotografía en Sao Paulo 

       


Descripción de la Exposición

Na tradição grega, Quimera (para nós, ilusão, sonho impossível) era um monstro de aparência híbrida, que reunia partes de diferentes animais. A Quimera de Pablo Boneu (Córdoba, Argentina, 1969), artista que realiza sua primeira individual no Brasil pela Galeria de Babel com curadoria de Jully Fernandes a partir de 9 de junho, é feita a partir de colagens com restos de notas (todas em circulação) de diversos países, trituradas por uma máquina criada pelo artista especialmente para este fim - Money Destroyer - e remontadas, recompondo a nota na recriação de outros sentidos e personagens, a partir da mesma colagem. Na mostra, estarão expostas 12 fotografias realizadas a partir da trituração e recolagem do dinheiro de diversos países, além de mil notas de um dólar também trituradas e remontadas com impressão em adesivo vinil sobre alumínio e imãs. As mil notas, que estarão dispostas em um dos ambientes da galeria, compõem, originalmente, o painel Esta obra não vale um dólar, uma das mais representativas de Boneu, onde mil notas de 1 dólar foram trituradas em 36 mil pequenas tiras e reconstruídas em um trabalho final, que pode ser visto em três etapas, como será possível ver na individual do artista, a primeira com as notas reconstruídas da maneira original, depois as notas um pouco modificadas, e a última com notas totalmente misturadas, praticamente irreconhecíveis - apenas pedaços de papel. As mil unidades que compõem uma mesma obra de tiragem limitada, são assinadas, numeradas e poderão ser vendidas separadamente. Essa forma de Boneu relacionar-se com o dinheiro teve início há dez anos, quando pediu mil dólares emprestados a um amigo, Cláudio, para sair da Argentina. Ao regressar, três anos depois, procurou o amigo para devolver a quantia e teve uma surpresa: Cláudio recusou. Quando voltou para o México, começou a pensar como poderia retribuir tal favor - o dinheiro, que pouco significava para o outro, havia sido de enorme valor para o artista e mudado sua vida radicalmente. A solução encontrada por Boneu foi transformar o dinheiro em algo que tivesse para o amigo um significado parecido com o que teve para ele. E assim surgiu a ideia de converter mil dólares em uma obra de arte: um mural de 4,2 metros de comprimento e 2,7 de altura, feito com dólares de uma mesma série (S03A B85959001E). As criações de Boneu propõem resignificar o valor do dinheiro, subvertendo a ordem vigente que, segundo o artista, contribui para confundir o verdadeiro valor que as coisas possuem. Boneu questiona como é possível trocar pedaços de papel por alimento ou qualquer outro produto. Quando você tritura as primeiras notas, se dá conta que elas não passam de papeizinhos", reflete o artista. Durante o período em que criava suas obras, Boneu destruiu, sem remorso, dólares todos os dias. Mesmo não tendo dinheiro - ele não conseguiu pagar o aluguel de seu apartamento e chegou a se definir como um desempregado destruindo o pouco dinheiro que lhe restava - o artista afirma que "Minha mostra fala sobre o empenho de construir uma realidade inútil, e dos monstros que surgem dela". Boneu questiona o que é o dinheiro nos dias de hoje e qual seu real valor. Em seu livro, "Instruções para Destruir Dinheiro", Boneu explica que "apenas 5% do dinheiro existente no mundo é emitido pelos governos, o resto os bancos criam toda vez que alguém faz um empréstimo: pessoas, instituições e até mesmo o governo. (...) Mas quanto dinheiro se pode criar desta maneira? A resposta é mais intrigante que a pergunta: quanto quiserem." O artista estará presente na abertura da exposição para autógrafo do livro "Instruções para Destruir Dinheiro" e para realizar a visita guiada da exposição. Durante a exposição, que termina dia 31 de julho, os visitantes poderão testar a máquina "Money Destroyer", que já foi destaque durante a SP Arte. Algumas obras estarão à venda, porém não todas. Afinal, algumas "possuem valor, mas não preço".


Entrada actualizada el el 06 ago de 2015

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