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Queermuseu: cartografias da diferença na arte brasileira

Exposición / EAV - Escola de Artes Visuais do Parque Lage / Rua Jardim Botânico 414 / Rio de Janeiro, Brasil
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Cuándo:
18 ago de 2018 - 16 sep de 2018

Inauguración:
18 ago de 2018

Comisariada por:
Gaudêncio Fidelis

Organizada por:
EAV - Escola de Artes Visuais do Parque Lage

Artistas participantes:
Adriana Varejão , Alair Gomes , Alberto da Veiga Guignard , Alex Cerveny , Alfredo Volpi , Ana Flores , Ana Norogrando , André Petry , Antônio Obá , Antônio Augusto Bueno , Antônio Luiz M. Andrade - Almandrade , Armando Queiroz , Beatriz Dagnese , Bia Leite , Cándido Portinari , Célio Braga , Christus Nóbrega , Cibele Vieira , Cibelle Cavalli Bastos , Clóvis Graciano , Danillo Villa , Deyson Gilbert Silva e Sousa - Deyson Gilbert , Dudi Maia Rosa , Edgard de Souza , Efigênia Rolim , Efrain Almeida , Eli Sudbrack & Christopher Hamaide-Pierson - Assumed Vivid Astro Focus - AVAF , Erika Verzutti , Felipe Scandelari , Fernando Baril , Flavio Cerqueira , Flávio de Carvalho ,

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Descripción de la Exposición

História da Exposição “A diferença é um dos fundamentos do queer, termo de origem pejorativa que teve seu significado transformado nos anos 1980 na luta por direitos civis e movimentos LGBTQIA+. Desde então, queer passou a designar a diversidade e o direito a uma existência fora da norma.” “Queermuseu: cartografias da diferença na arte brasileira” explora a expressão e identidade de gênero, a diversidade e a diferença na arte brasileira por meio de um conjunto de obras que percorrem um arco histórico de meados do século XX até a atualidade. A exposição reúne 264 obras de 85 artistas, dentre eles: Adriana Varejão, Alfredo Volpi, Bia Leite, Cândido Portnari, Cibelle Cavalli Bastos, Leonilson, Lygia Clark, Pedro Américo, Roberto Cidade e Sidney Amaral. Provenientes de coleções públicas e privadas, as obras são igualmente representativas da diversidade estética, geográfica e geracional da produção artística do Brasil. Em sua primeira apresentação realizada no espaço Santander Cultural, em Porto Alegre, a exposição sofreu uma campanha difamatória em redes sociais de grupos como o Movimento Brasil Livre (MBL), na qual seus participantes afirmavam que a exposição fazia apologia à pedofilia, pornografia e à zoofilia, além de desrespeito à figura religiosa, por isso ameaçaram boicotar o Banco Santander, que cancelou a exposição. Todas as acusações foram desmentidas pelo Ministério Público Federal, que se manifestou afirmando não haver crime de qualquer espécie tendo recomendado a imediata reabertura da exposição, que não aconteceu. A exposição seria, então, realizada no Rio de Janeiro, pelo Museu de Arte do Rio (MAR), porém foi censurada por Marcelo Crivella, prefeito da cidade, que declarou em um vídeo que a exposição só aconteceria se fosse “no fundo do mar”. “Queermuseu se propunha a ser um museu provisório, de caráter metafórico, cujo objetivo é propiciar um campo de investigação sobre o caráter patriarcal e heteronormativo do museu como instituição ao fazê-lo constituir uma plataforma de experiência para exercitar o pensamento de outra forma, ou seja, pensar fora da norma”. Segundo o curador da mostra, Gaudêncio Fidelis, “é uma exposição fundada na democracia e na visão de um processo de inclusão”. Curadoria por Gaudêncio Fidelis. Secretaria do Estado de Cultura do Rio de Janeiro e EAV Parque Lage apresentam Queermuseu A Escola de Artes Visuais do Parque Lage foi fundada em 1975, em plena Ditadura Militar brasileira (1964-1985), pelo artista Rubens Gerchman (1942-2008). Com uma história de vanguarda e resistência, a EAV Parque Lage reafirma seu comprometimento inegociável com a liberdade de expressão ao receber a exposição Queermuseu – Cartografias da Diferença na Arte Brasileira. Escola livre, outrora chamada espaço de emergência, espaço de resistência ou jardim da oposição reforça seu caráter insubordinado ao acolher a exposição “Queermuseu – Cartografias da Diferença na Arte Brasileira”. Desde seus primeiros anos, a EAV Parque Lage surgiu com um viés claramente antropológico, sob a direção de Rubens Gerchman. Aulas de cultura negra da professora Lélia Gonzalez, uma das maiores teóricas do feminismo negro no Brasil; o desbunde da exposição-evento Como vai você, Geração 80?; a investigação fotográfica voyeurista do professor e coordenador do núcleo de fotografia da EAV Parque Lage, o artista Alair Gomes (que integra a exposição); as encenações, as aulas e os ensaios da trupe de atuadores Asdrubal Trouxe o Trombone; a montagem de O Rei da Vela, de José Celso Martinez Corrêa; a aula pública Modelo Vivo, Modelo Trans; a oficina de corpo pluridimensional de Hélio Eichbauer e seus cursos com Lina Bo Bardi são apenas algumas das iniciativas que estiveram à frente do seu tempo. Frente à censura, não há outra opção senão convocar o espírito de liberdade que definiu os contornos desta escola e marcar uma tomada de posição. É preciso lutar pela democracia e pela dignidade das vidas LGBTI, pelo pensamento marginal e pela possibilidade de uma visão periférica, possibilitando, assim, uma perspectiva e uma existência contemporânea do mundo. Adensamos a mostra com um Fórum de debate e um projeto educativo com representatividade e pertinência, afirmando nossa preocupação com a diversidade como promotora de um ambiente escolar de aprendizagem mútua. A Escola de Artes Visuais do Parque Lage convocou a sociedade civil para uma tomada de posição e hoje tem o prazer de receber a população para integrar este debate público em torno da diferença. Escola de Artes Visuais do Parque Lage Queermuseu e a Simetria em Benefício da Diversidade e da Diferença A exposição “Queermuseu: Cartografias da Diferença na Arte Brasileira” é uma exposição que busca produzir um engajamento em torno de questões de expressão e identidade de gênero a partir de uma perspectiva de diversidade e diferença utilizando-se de uma inteligência estratégica queer. É a primeira exposição com esta envergadura que tem uma abordagem queer realizada no Brasil e a primeira na América Latina. A Queermuseu foi censurada e fechada pelo banco Santander, seu patrocinador e organizador em sua primeira apresentação em Porto Alegre, em 10 de setembro de 2017. Esta exposição é uma plataforma que busca criar um museu provisional, temporariamente concebido dentro de uma perspectiva metafórica, para questionar as prerrogativas do cânone artístico que se sabe excludente e seletivo. Trata-se de um projeto que se insere dentro de uma plataforma de investigação crítica e de um experimentalismo simétrico, em que as hierarquias são abandonadas em benefício da produção de conhecimento através da arte. Sendo assim, por meio de mecanismos de justaposição, as obras são colocadas lado a lado, em paralelo ou perpendicularidade, isoladas ou em pequenas ilhas constelacionais para problematizar um conjunto de questões artísticas inclinando-as para o universo queer. A exposição é constituída a partir de um conjunto de obras representativas de estilos, abordagens, inclinações e perspectivas estéticas e artísticas diversas, mesmo porque a diversidade da forma artística foi igualmente escolhida para constituir os cruzamentos que a exposição estabelece com um campo de proposições inclusivas. Através da forma e suas disputas no campo da história da arte que constroem um programa interdisciplinar com o universo LGBTQI+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transvestigêneros, Queers, Intersexuais e além), o realinhamento de uma política da identidade e uma economia da forma que é agora condizente com concepções alcançadas de natureza conceitual, artística e criativa, foi criada a possibilidade para que a Queermuseu ofereça ao seu público uma experiência singular. A Queermuseu sofreu uma virada epistemológica a partir de seu fechamento e transformou-se em uma plataforma de luta em favor das liberdades fundamentais. Além disso, ele posicionou-se em contraponto a um pensamento normativo e antipatriarcal, assim como barrou em grande parte o avanço do fascismo e do fundamentalismo no país. Sua investigação a partir de uma visão não heteronormativa de curadoria ajustou-se rapidamente a essa vocação indiscutível da exposição, que inaugura de maneira definida o debate sobre gênero e sexualidade na vida pública brasileira. A Queermuseu tem uma visão descolonizada da arte, antinormativa e não heterocêntrica. Assim, ela foi concebida, constituindo uma visão de arte que privilegia uma concepção curatorial antiocurlarcentrista porque é baseada em uma dimensão transformacional de uma perspectiva crítica de pensamento que todas as exposições deveriam ter. Gaudêncio Fidelis Curador Artistas Adriana Varejão Alair Gomes Alan Amorim Alex Cerveny Alfredo Volpi Almandrade Ana Flores Ana Norogrando André Petry Angelina Agostini Antônio Augusto Bueno Antônio Caringi Antonio Obá Armando Queiroz AVAF [ASSUME VIVID ASTRO FOCUS] Beatriz Dagnese Bia Leite Cândido Portinari Célio Braga Christus Nóbrega Cibele Vieira Cibelle Cavalli Bastos Cintia Ribas Clovis Graciano Constance Pinheiro Danillo Villa Deyson Gilbert Didonet Thomaz Dudi Maia Rosa Edgard De Souza Eduardo Cruz Efigênia Rolim Efrain Almeida Erika Verzutti Fabio Del Re Felipe Scandelari Fernando Baril Fernando Bini Flávio Cerqueira Flávio De Carvalho Gilberto Perin Gilda Vogt Guignard Guttmann Bicho Hudinilson Jr João Faria Vianna José Antônio Da Silva Juliana Burigo Kika Costa Leonilson Luiz Fernando Borges da Fonseca Luiz Henrique Schwanke Lygia Clark Marcos Chaves Mário Röhnelt Maurício Bentes Maurício Ianês Milton Kurtz Montez Magno Nelson Boeira Faedrich Nino Cais Odires Mlászho Otto Sulzbach Paloma Bosquê Paulo Osir Pedro Américo Roberto Cidade Roberto Winter Rodolpho Parigi Rogério Nazari Romanita Disconzi Sandra Cinto Sandro Ka Sidney Amaral Silvia Giordani Suzana Lobo Telmo Lanes Téti Waldraff Thiago Martins De Melo Tony Camargo Willian Santos Yuri Firmeza


Entrada actualizada el el 29 ago de 2019

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