Descripción de la Exposición
Maurice Blanchot, em O Livro por vir, aponta que todas as coisas se dizem, se mostram e se revelam em sua verdadeira face e sua secreta medida, assim que elas se afastam, se espaçam, se atenuam e finalmente se expandem no vazio incircunscrito e indeterminado de que a imaginação é uma das chaves. Para o escritor cada obra é uma experimentação, sempre renovada, do tempo, da transparência, da linguagem, através da qual a imaginação transforma a realidade em idéia. Mas de que modo podemos ter acesso às coisas na arte se o acesso só nos é proporcionado pelo fato de que as coisas estão fora do alcance e, portanto, distanciadas?
A investigação de Claudio Alvarez surge deste questionamento. Situada no espaço entre o concreto e o vazio, o palpável e o distante, o real e o virtual, sua obra instiga o pensamento, produz um desequilíbrio nos hábitos mentais do espectador e traz ao olhar o que antes parecia inatingível. Não se trata aqui senão da ativação do imaginário que estilhaça a sensibilidade e a precisão da visão expandindo, agigantando e transcendendo todas as possibilidades do mundo físico.
Na exposição Quando Vemos, o artista cria uma complexa narrativa na qual afasta as imagens para dizê-las, as mantém suspensas em um enigma para que se esclareçam. Ao contemplar os trabalhos, somos levados a uma posição inquietante onde a percepção visual não se mostra como usualmente. A sensação se exemplifica em Quem está ai?: narcisos, buscamos nosso retrato no espelho mas nossos olhos não nos vêem. Percebemos que é no interior de cada obra que se encontra o fora absoluto e, é justamente neste não estar, no vazio que se torna inteiro, que surge o encantamento, o espaço da poesia.
Associando uma inteligência formal a mecanismos óticos dos quais derivam as infinitas possibilidades do real, Claudio Alvarez desperta a imaginação reservando-nos o indeciso na decisão, preservando o ilimitado junto ao limite e, assim, nos ensinando a ver para além do ordinário.
Actualidad, 21 ene de 2020
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