Esta exposição não está interessada em propostas de novos monumentos em si, mas na leitura crítica que os artistas vêm fazendo da escultura e do monumento. Marta Minujín, uma artista que trabalhou pioneiramente a desconstrução de monumentos icônicos desde os anos 1970, fez na Primeira Bienal Latino-Americana (São Paulo, 1978) um Obelisco deitado, esvaziando de verticalidade e solidez a imagem arquetípica do monumento. Mais de 30 anos depois, a mesma imagem ressurge no trabalho de Tonico Lemos Auad, mas aqui sem a materialidade do objeto e na transformação do terraço da galeria em um campo gramado. Primeira e última, Notas sobre o monumento marca a transição entre o espaço histórico onde a Galeria Luisa Strina funcionou por mais de três décadas e suas novas instalações, inauguradas agora. Propõe, assim, uma homenagem ao passado da galeria, mas também um aceno ao seu futuro ?neste movimento temporal que é característico da construção do monumento.
Entrada actualizada el el 03 jun de 2014
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