Leme Galvão tem se relacionado a alguns temas de maneira recorrente durante todo o seu período de atividade artística, porém, um deles se destaca: A elaboração de paisagens. Nesse ponto, é indiscutível a relação de suas composições com sua formação arquitetônica, todavia, mais uma vez, ele surpreende com sua narrativa. Ao escutá-lo, emocionado em seu relato, cabe-me apenas a reverência à sua sensibilidade e a emoção conjunta. Me deparo naquele momento com aquilo que mais me causa aconchego em todo o processo de montagem dessa mostra: Que aquela pessoa que possui um discurso complexo acerca de quase tudo, também sonha como uma criança. Penso em como é bom poder acompanhar processos artísticos tão de perto. É assim que me aproximo do Leme Galvão que ainda não conhecia. Ali, naqueles momentos mágicos de intimidade e amizade, ele me leva a conhecer aquilo que suas lembranças e sonhos buscavam de sua... infância. São jardins sempre esvaziados de figuras humanas, solenes. Carregados de lirismo. É a escala poética do pequeno menino Galvão.
Entrada actualizada el el 29 abr de 2019
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