Descripción del Premio
O artista Silvestre Pestana, uma das figuras mais radicais da arte contemporânea portuguesa, e o arquitecto Bartolomeu Costa Cabral, com mais de seis décadas de actividade, são os vencedores dos prémios AICA 2019, no valor de dez mil euros, anunciou o júri esta quinta-feira.
A Secção Portuguesa da Associação Internacional de Críticos de Arte atribui anualmente dois prémios, nas modalidades de artes visuais e de arquitectura, em parceria com o Ministério da Cultura e a Fundação Millennium BCP. O júri, presidido por Ana Tostões, foi composto por Sandra Vieira Jürgens, Nuno Faria, Rui Mendes e Pedro Baía.
O arquitecto Bartolomeu Costa Cabral (Lisboa, 1929), que ao longo das últimas seis décadas projectou mais de uma centena de obras (entre as quais a Universidade da Beira Interior, na Covilhã), é por norma definido como autor de uma arquitectura simples, despojada, preocupada com a integração na paisagem, o uso de materiais naturais e a comunidade.
Essa “atitude ética” foi agora realçada pelo júri dos prémios AICA, que destacou também a sua postura “contracorrente baseada no trabalho sobre uma materialidade simultaneamente disciplinar e poética”. Bartolomeu Costa Cabral formou-se na Escola de Belas Artes de Lisboa (onde foi professor, tendo também leccionado no ISCTE) e iniciou a sua actividade, na década de 1950, no atelier de Nuno Teotónio Pereira, com o qual assinou o emblemático projecto do Bloco das Águas Livres, em Lisboa. Em 1969 criou o GTE, um atelier em parceria, e em 1973, o seu próprio espaço. Em 2019, o seu percurso profissional foi duplamente reconhecido com um exposição retrospectiva em Tomar, no Convento de Cristo, com A Ética das Coisas, e o acolhimento do seu espólio pela Fundação Marques da Silva.
Por sua vez, Silvestre Pestana (Funchal, 1949) é uma figura singular das artes portuguesas, com um longo trajecto que atravessa várias disciplinas, da poesia experimental ao multimédia e à performance. Desde o final dos anos 1960 que tem vindo a criar uma obra idiossincrática, tendo o seu trabalho alcançado o reconhecimento institucional nos últimos anos, com marcos como a exposição retrospectiva organizada pelo Museu de Serralves em 2016, Um Artista de Contraciclos; aí aparecia sublinhado o seu uso pioneiro do desenho, da colagem, da fotografia, da escultura, da instalação, do vídeo e da performance, numa atitude de confronto entre sociedade, arte e tecnologia.
O júri reconheceu em Silvestre Pestana uma “obra que mantém uma energia e uma intensidade irredutivelmente experimental”, assinalando ainda a sua “discreta influência sobre as novas gerações”, e uma “atitude pedagógica”, traduzida em exposições realizadas em espaços independentes, com curadores mais jovens, como aquelas que apresentou no Mira (2014) e no Uma Certa Falta de Coerência (2018), ambos no Porto.
No ano passado, os prémios AICA haviam sido entregues ao arquitecto Ricardo Bak Gordon, que viu reconhecido o conjunto da sua obra, e ao artista José Loureiro, pela exposição A Vocação dos Ácaros.
Creación, 10 mar de 2020
El Premio Hasselblad y otras convocatorias falladas
Por Gustavo Pérez Diez
Ya son seis artistas iberoamericanos los que han sido galardonados con el prestigioso Premio Hasselblad de fotografía. El último, Alfredo Jaar.
Premio. 01 sep de 2019 - 31 dic de 2019 / Lisboa, Portugal
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