Quando a superfície imperiosa da imagem se perde em uma comunicação de baixa qualidade, de baixo senso estético, de inevitável interpretação passageira, precisamos procurar alguma dimensão de uma arte que se dê em Polivalências. Juvenal Pereira tem um olhar e uma pratica de construção da imagem, da elaboração e fazimento que vai se trançando e se revelando em uma profundidade que passeia de um registro documental transfigurado em plástica e em uma astúcia inquieta de sondar o mundo e seus acontecimentos. Ser especialista, univalente é pouco, insuficiente para dar conta de uma complexidade que inunda a retina, o cérebro, nosso cotidiano e nossa existência no mundo atual. Juvenal parece enfrentar a vida nesse combate do autodesafiar-se constante, tão necessário a vida atual.
A natureza, água, desejada como pura morada dos peixes, do Robalo, escultura luz, em sua pureza, necessária para a sobrevivência dos viventes, o que podemos ver na multiplicidade...do trabalho de Juvenal Pereira é uma preocupação com a experiência e a vida. É nas tramas e transas entre os corpos e os meios, evocando Eros, na condição de amor e de fecundidade, não poderia conter sua obra em uma monogamia visual, assim o artista mergulha na polifauna múltipla dos possíveis mundos exploratórios da arte, dos suportes e da linguagem.
Entrada actualizada el el 04 abr de 2019
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