Descripción de la Exposición
Para celebrar os mais de 40 anos de parceria entre sua galeria e Arthur Luiz Piza, Raquel Arnaud apresenta Piza – 1947/2015, mostra que acontece paralelamente à outra do artista, A gravura de Arthur Luiz Piza, na Pinacoteca do Estado, a partir do dia 7 de novembro. Na galeria Raquel, com curadoria do crítico Ricardo Sardenberg, pinturas, aquarelas, guaches, desenhos, relevos e esculturas ilustram a trajetória desse importante artista plástico brasileiro radicado em Paris.
Como revela o curador, não se trata de uma retrospectiva da extensa carreira de Piza ou uma exposição dividida em fases, com ordem cronológica. Tampouco busca relacionar a sua obra a tantas influências de artistas e movimentos artísticos do seu tempo. “Piza – 1947/2015 vai a procura de movimentos poéticos na obra que surgem lá no início da carreira, onde o inconsciente do artista, ainda sem as rédeas da formalização de um vocabulário, trabalha ao longo de toda uma trajetória temporal, e hoje é reconhecido em sua obra por meio de formas e volumes expressos em gravuras, desenhos e esculturas”, afirma Sardenberg.
O trabalho de curadoria sugere que o público encontrará, nas obras dos anos 1940 e início dos 1950, um jovem Piza em busca de uma via, um código para se expressar. A influência surrealista em suas pinturas e desenhos está ali, expressa em figuras as vezes monstruosas e outras eróticas. Construções formais começam a surgir de forma intuitiva, o que o curador atribui a exercícios de escrita automática, uma técnica psicanalítica usada pelos surrealistas.
Já no período mais conhecido de sua obra, do artista maduro, o contraste evidente com a produção do jovem Piza revela, segundo Sardenberg, uma força de continuidade que ilumina sua produção até o presente. Segundo o curador, a oposição deste período inicial ao trabalho posterior permite uma nova leitura sobre o segundo, pois este se revela menos formal e construtivo e mais intuitivo e obsessivo. "Não é o caso de se pensar que um tem preponderância sobre o outro, mas ao contrário, o que se encontra é que um se alimenta do outro dialeticamente e por isso a riqueza da obra como um todo”, completa.
Sobre o artista
Arthur Luiz Piza (São Paulo, SP, 1928 – vive e trabalha em Paris, França). Na década de 1940, estudou pintura e afresco com Antonio Gomide. Os estudos de gravura se deram com Johnny Friedlaender, em Paris, a partir de 1953. Dedicou-se logo depois à aquarela e à colagem. Realizou mostras individuais no Brasil e em vários outros países (Japão, Equador, França, Alemanha, Suíça, Suécia, Iugoslávia, Itália, Espanha, Dinamarca e Estados Unidos).
Participou das Bienais de São Paulo (1951 a 1963), de Paris (1961 e 1963) e de Veneza (1966); da Documenta de Kassel (1959); da exposição “Cinquante ans de collage” no Museu de Arte de St. Etienne e no Museu de Arte Decorativa de Paris (1964); da exposição “Art Vivant” na Fundação Maeght (1968); das Bienais de Cracóvia (1964 a 1974); da Exposição Internacional de Gravura de Liubliana (1957 a 1981); da exposição “Itinéraires Blancs” do Museu de Arte de St. Etienne; da exposição “Graphik der Welt” de Nuremberg (1971); das Bienais de Gravura da Noruega (1972 a 2000); da Bienal de Havana (1984 e 1986); das Trienais de Grenchen (1958 a 1985); das Bienais de San Juan (1970 a 2001); da exposição “Peintres et Graveurs Français” em Paris (1982 a 2002); do Salão “Realités Nouvelles” em Paris (1960 a 1974); do Salão “Jeune Gravure Contemporaine” (1964 a 2002); do Salão de Maio de Paris (1964 a 2000); da Biennale Internazionale diGrafica de Vico (1990); da “Exposition Européenne de Création” (1986); do “Panorama da l’Ecole Française Contemporaine” em Tel Aviv (1987); da Bienal de Niort “Homenagem a Piza” (1989); da 5ª Bienal de Estampa Contemporânea na França (1991); da Lateinamericanisher Kunst (1990) na Alemanha; da exposição “Art d’Amérique Latine, de 1911 a 1968”, no Centre Georges Pompidou, em Paris (1992), da Trienal das Américas, em Grenoble, França (1993), e de exposição no Sakaide City Museum of Art, Kagawa, Japão (1997). Participou ainda das exposições da Manufatura de Sèvres no Palácio do Congresso de Marselha (1974), no Museu Amos Andersons de Helsinque (1974), no Hermitage, em São Petersburgo (1976), no National Museum de Estocolmo (1982) e no Kunstindustrimuseet de Oslo (1982). Raquel Arnaud representa Arthur Luiz Piza desde 1973.
Formación. 01 oct de 2024 - 04 abr de 2025 / PHotoEspaña / Madrid, España