Desde 2001, Rodrigo Andrade pinta regularmente paisagens. Inicialmente, apenas como diversão, ao ar livre e em pequeno formato. Aos poucos, a atividade adquire maior importância. Em 2010, expõe na Bienal de São Paulo cenas noturnas de grandes dimensões, com camadas espessas de tinta aplicadas em estêncil, que inauguram uma nova fase na sua produção. A partir de então, sua pintura de paisagem se torna mais complexa e diversificada, varia técnicas e estilos e recorre a outras fontes ou modelos, além da observação direita: pinturas de autores antigos ou de amadores, fotografias, imagens da internet, videogames.
De modo geral, a pintura de paisagem de Rodrigo é, por um lado, reflexão sobre a história da pintura, a partir de um dos gêneros mais sensíveis às mudanças das técnicas e dos estilos. Por outro, é resgate de uma relação direta com o mundo ao redor, testando as convenções da pintura na vivência e na...percepção do espaço. Códigos da representação e experiência do real não vão disjuntos, mas remetem constantemente um a outro.
Esta exposição reúne, pela primeira vez, paisagens pintadas ao longo dos últimos vinte anos.
Entrada actualizada el el 14 abr de 2023
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