Esta ceramista húngara viveu dez anos nas Caldas Rainha (nos anos cinquenta do século passado) ligada à fábrica Secia - de que foi directora artística - na qual as suas faculdades de artista inovadora sacudiram o marasmo que tomara a indústria local, muito apegada ainda aos temas bordalianos. Com Hansi Stael, também pintora e com credenciais no desenho e na gravura, deu-se uma pequena revolução na produção caldense de cerâmica que possibilitou a internacionalização dos produtos, uma vez que a incorporação da proposta artística de Ansi, conquanto não descurasse o recurso a temas portugueses como o mar e as feiras, era de molde a facilitar uma melhor penetração nos mercados do exterior. A artista húngara, por razões de saúde, foi obrigada a abandonar a actividade, mas é lembrada nas Caldas da Rainha como alguém que impulsionou a produção caldense de cerâmica sob o lema "tradição e modernidade", evolução que poderá...ser observada na exposição que terá lugar no CCC e na qual serão apresentadas algumas das peças desenvolvidas para produção industrial, bem como trabalhos representativos do seu lado mais intimista: pintura e desenho.
Entrada actualizada el el 11 oct de 2016
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