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Pierre Verger | Yamamoto Masao

Exposición / Galeria Marcelo Guarnieri - Ribeirão Prêto / Rua Nélio Guimarães, 1290 / Ribeirão Prêto, Sao Paulo, Brasil
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Cuándo:
15 jun de 2021 - 31 jul de 2021

Inauguración:
15 jun de 2021

Horario:
De lunes a viernes de 10 a 18 h. y los sábados de 10 a 14 h.

Precio:
Entrada gratuita

Organizada por:
Galeria Marcelo Guarnieri

Artistas participantes:
Masao Yamamoto, Pierre Verger

ENLACES OFICIALES
Web 
Etiquetas
Fotografía  Fotografía en Sao Paulo 

       


Descripción de la Exposición

A Galeria Marcelo Guarnieri tem o prazer de apresentar, entre 15 de junho e 16 de julho de 2021, a exposição “Pierre Verger | Yamamoto Masao” que conta com fotografias produzidas entre os anos de 1940 e 2018. São exibidas fotografias das séries “A Box of Ku” (1990-2005), “Nakazora” (1997-1998), “Bonsai – Microcosms Macrocosms” (2018) de Yamamoto Masao e fotografias produzidas por Pierre Verger no Brasil durante as décadas de 1940 e 1950. A mostra se organiza em torno do interesse pela escala reduzida, explorada de maneira particular por cada um dos artistas, seja através das dimensões das próprias fotografias, dos elementos retratados ou de uma poética da delicadeza. As pequenas dimensões de algumas fotografias de Masao Yamamoto, assim como os livros ou as caixas, refletem seu interesse pelas miudezas e detalhes, por aquilo que cabe na palma da mão, que precisa ser olhado com calma e atenção. Atenção e paciência também são convocadas na hora de perceber e capturar situações fugazes, pequenas, porém nunca menores em grau de importância, carregadas de poesia e beleza. Pode ser o bater de asas de um pássaro, o olhar vidrado de um bicho, a sombra de um papel que voa ou até mesmo um vaso de flores equilibrando-se na beirada de uma mesa. Essas são algumas das imagens que compõem “A Box of Ku”, série de fotografias que embora variem em dimensões, nunca ultrapassam os 20 cm. Após revelá-las e ampliá-las, o artista deixa que o tempo ordene a sua força, carregando consigo, em seu bolso, os momentos capturados. Com esse deslocamento, as fotografias sofrem alterações: manchas, rasgos e vincos. As imagens têm seu tempo dilatado, um álbum construído com personagens e cenas de uma memória coletiva e em envelhecimento provocado. Após a passagem por “imagens amareladas e em contraste acentuado” em “A Box of Ku”, Masao sugere a suspensão do tempo, um intervalo, e que na língua de seu país pode ser traduzido como Nakazora, “um estado onde os pés não tocam o chão, o espaço entre o céu e a terra”. “Bonsai – Microcosms Macrocosms” consiste em um conjunto de registros feitos por Yamamoto Masao dos Bonsais cultivados por Minoru Akiyama, o mais jovem artista de Bonsai a receber o prestigioso prêmio Primeiro-Ministro do Japão. Por meio dessas fotografias, Yamamoto procura entender como o Bonsai, “uma criação nascida de uma colaboração lúdica entre a natureza e as pessoas”, é capaz de dominar a atmosfera do ambiente onde é instalado, promovendo uma sensação de paz e tranquilidade. “Bonsais famosos podem ter centenas ou milhares de anos. Talvez esse tempo de resistência dê à árvore uma espécie de aura. Sua vida, sustentada dentro de um pequeno vaso, com a menor quantidade de terra, abraça a tranquilidade da vida e a agitação da morte. Sua grandeza não é algo que possa ser explicado em palavras.”, afirma Yamamoto. Sensível ao jogo de escalas inerente à concepção do Bonsai, o fotógrafo amplia as fotografias das pequenas árvores em maiores dimensões. Se em “A Box of Ku” há aquele interesse por provocar um envelhecimento da fotografia, em Verger a noção do tempo se manifesta tanto pelos 80 anos que nos separam dos cliques de sua câmera, quanto pelo caráter efêmero da ampliação por contato, processo que dá corpo às imagens capturadas. A Cópia Contato é uma estratégia utilizada por fotógrafos que trabalham com câmeras analógicas e que serve como uma espécie de pré-visualização da imagem antes de ampliá-la em maior escala. As dimensões de 9 x 9 cm correspondem ao formato da câmera Rolleiflex utilizada por Pierre Verger, que ampliou os negativos em contato direto com o papel fotográfico, dando origem às imagens reveladas nas mesmas dimensões. Com a passagem dos anos, aquele material que inicialmente seria apenas parte do processo de produção do trabalho, um “teste” – e daí o seu caráter efêmero –, vai adquirindo o valor de testemunha ou relíquia, justamente por sua permanência no tempo. Por meio das fotografias de Pierre Verger reunidas nesta exposição, retornamos ao Rio de Janeiro das décadas de 1940-1950, cidade que estava prestes a deixar seu cargo de capital do país, já sustentando uma postura de modernidade. Verger registra alguns dos elementos imponentes que a anunciam, como prédios, bondes e avenidas, sem deixar de evidenciar a forte integração que possuíam com a natureza, enquadrando-os junto ao mar, aos morros e às árvores. A cidade vazia e silenciosa de algumas de suas fotografias, que nos remetem à imagens clássicas dos cartões-postais, não poderia ser maravilhosa, para Verger, sem o caos e a loucura dos carnavais, das feiras de rua e dos bondes lotados. Além do Rio de Janeiro, Verger retratou, na mesma época, cidades do Nordeste brasileiro através do registro de sua cultura popular: cenas de rua, saídas de barcos, cerimônias de Candomblé, arquiteturas coloniais e lutas de capoeira. Ganha especial destaque na exposição a fotografia que fez em uma praia de Salvador – esta não mais pertencente ao conjunto das ampliações por contato, uma cópia de 18 x 21,5 cm – onde surge, em primeiro plano, um homem negro sem camisa recostado no chão sobre os cotovelos, e em segundo plano, ao longe, o pintor Pancetti produzindo uma de suas marinhas. Nos anos 50, Odorico Tavares, jornalista e representante dos Diários Associados, pediu para Pierre Verger fazer fotos de Pancetti pintando na praia. As imagens foram publicadas na revista O Cruzeiro. Através desse manejo entre planos e dimensões provocado por Verger, somos levados a refletir sobre as escalas de importância e de beleza que transitam entre as pinceladas do artista que à distância só podemos imaginar, o corpo reluzente de um homem anônimo que figura em primeiro plano e as formas rochosas e imensas das montanhas e do mar.


Entrada actualizada el el 23 jul de 2021

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