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Picasso: mão erudita, olho selvagem

Exposición / Instituto Tomie Ohtake / Av. Brigadeiro Faria Lima, 201 / Pinheiros, Sao Paulo, Brasil
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Cuándo:
22 may de 2016 - 14 ago de 2016

Inauguración:
22 may de 2016

Comisariada por:
Émilia Philippot

Organizada por:
Instituto Tomie Ohtake

Artistas participantes:
Pablo Picasso

       


Descripción de la Exposición

Com um vasto volume de trabalhos do artista espanhol, pertencente ao Musée National Picasso-Paris, a potente exposição organizada pelo Instituto Tomie Ohtake traz peças que guardam uma relação muito particular de Picasso com a sua obra, já que foram selecionadas e mantidas por ele ao longo de sua vida. Estas obras que viveram ao seu lado integram agora a coleção do museu francês cujo acervo picassiano é um dos mais importantes do mundo, proveniente principalmente de duas doações sucessivas efetuadas pelos herdeiros do pintor em 1979 e 1990. Apenas dois dos trabalhos apresentados na mostra vieram originalmente do acervo de Dora Maar, adquiridos posteriormente pelo museu. Picasso: mão erudita, olho selvagem, com curadoria de Emilia Philippot, curadora também do Musée National Picasso-Paris, é composta por 153 peças, sendo a grande maioria inédita no Brasil, que traçam um percurso cronológico e temático em torno de conjuntos que seguem as principais fases do artista, desde os anos de formação até os últimos de produção. São 116 trabalhos do mestre espanhol – 34 pinturas, 42 desenhos, 20 esculturas e 20 gravuras –, além de uma série de 22 fotogramas de André Villers realizados em parceria com Picasso. Completam a mostra 12 fotografias de autoria de Dora Maar, três de Pirre Manciet e filmes sobre os trabalhos e seus processos de realização. “Escolhemos aproveitar o caráter específico da coleção para esboçar um retrato do artista que questiona sua relação com a criação, entre fabricação e concepção, implantação e pensamento, mão e olho “, destaca Philippot. Conforme afirma a curadora, a exposição fundamenta-se na relação especial mantida pelo artista com suas próprias obras. “Esta ligação íntima e pessoal, que irriga toda a produção de Picasso, transparece de forma diferente de acordo com os vários períodos: retratos íntimos da mãe do artista ou de seu primeiro filho, Paul, celebração apaixonada da sensualidade feminina de Maria-Thèrèse Walter, denúncias intransigentes dos males causados pelos conflitos contemporâneos, da Guerra Civil Espanhola ou da Ocupação da França pelas tropas alemãs”, destaca Philippot. Segundo a curadora, ainda, seja qual for o assunto abordado, por todos os lados se percebe, além das formas, as experiências vividas por Picasso. “ Os laços afetivos do amante, as dúvidas do homem, as alegrias do pai de família, os compromissos do cidadão: tudo se introduzia em sua arte”, completa. A exposição brasileira sugere um percurso cronológico-temático em dez seções: O primeiro Picasso. Formação e influências (por volta de 1900); Picasso exorcista. As senhoritas de Avignon (processo da geometrização das formas); Picasso cubista. O violão (relação com a música); Picasso clássico. A máscara da antiguidade (a maternidade, o teatro e a dança); Picasso surrealista. As banhistas; Picasso engajado. Guernica (estudos da obra, fotos e foco na apresentação da tela em 1953 no Brasil/ 2ª Bienal de São Paulo); Picasso na resistência. Interiores e vanitas (processo de trabalho durante a guerra, vida doméstica e vaidades); Picasso múltiplo. A alegria da experimentação (da cerâmica ao fotograma); Picasso trabalhando. O Mistério Picasso (a magia de seu processo criativo na pintura); e O último Picasso. O triunfo do desejo (erotismo em todos seus estados). A curadora francesa ressalta ainda que, neste percurso, dois projetos fotográficos de primeira ordem testemunham, respectivamente, a realização de Guernica (reportagem realizada por Dora Maar), e a experiência dos fotogramas realizados em parceria com André Villers. Marcam também a mostra filmes que permitem ao espectador penetrar no coração da criação do trabalho do artista. Desta maneira, o Guernica de Alain Resnais e Robert Hessens (1949) revisita a obra do pintor através do olhar dos desastres da guerra. Dirigido por Henri-Georges Clouzot, em 1956, Le Mystère Picasso revela a extraordinária vitalidade de seu processo criativo.


Entrada actualizada el el 28 may de 2016

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