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A exposição nos apresenta o modo de ver de um colecionador, Rubens Fernandes Junior, pesquisador que vem se dedicando ao estudo e ao entendimento dos processos fotográficos pelo menos nas três últimas décadas. A partir da busca incessante desse ato de colecionar e pesquisar, essa trajetória transforma Rubens Fernandes Junior em um personagem-referência para as questões ligadas à imagem principalmente no Brasil. Esse conjunto que agora a Pinacoteca apresenta (com outra pontuação intitulada Fotógrafos Lambe-Lambe no Parque da Luz, 1920/1932, que poderá ser vista no percurso da mostra de longa duração, no segundo andar do museu) foi sendo construído a partir da profunda relação estabelecida entre os artistas e
... o pesquisador, e das suas intermináveis buscas em espaços públicos e privados, com a intenção de criar uma coleção onde não apenas a fotografia estivesse presente como 'objeto de desejo', mas, sobretudo, como ponto de partida para o encaminhamento de um conhecimento sem fronteiras entre procura, respostas e descobertas.
É esse o aspecto que torna tão provocante esse conjunto de obras e documentos. Entre essas imagens e seus autores há uma história sendo pontuada que passa pela fotografia documental, pelo fotojornalismo, pelos ensaios autorais, pelos retratos e pelos experimentos que indicam não apenas os processos de trabalho e as técnicas assimiladas. Mostram, também, as variadas formas de impressão, a preocupação com o resultado final a partir da escolha de determinado tipo de papel, sua gramatura, os efeitos que a superfície plana ou porosa poderá provocar na exatidão ou no ruído da imagem da forma que o autor gostaria que fosse finalmente apreciada. Então temos uma troca de experiências: o olhar do pesquisador que encontra e protege o olhar do fotógrafo que viu o que os outros, nós que estamos do lado de cá, queremos fixar para tentar entender, digamos assim, a passagem do tempo e seus pequenos segredos, já que cada fotografia traz em sua representação um esquema muito particular de alguma não-coisa que gostaríamos de guardar talvez para sempre.
Rubens Fernandes Junior foi responsável, em 1980 - durante a gestão de Fábio Magalhães -, pela criação do Gabinete Fotográfico na Pinacoteca. Essa experiência aproximou a fotografia da programação do museu com a intenção de 'criar um espaço para a discussão fotográfica enquanto manifestação social, cultura e artística'. Nos dois anos seguintes foram realizadas mostras de nomes hoje com trabalhos definitivos para a compreensão da fotografia brasileira. A exposição Processos e Afetos - Fotografias, 1928/2011 traz de volta para o museu, três décadas depois, a espectrografia de um poeta-caminhante que sobretudo na solidão de suas pesquisas, nas andanças pelas cidades, diante dos seus livros e das fotografias que lhe pertencem, protege e expõe aquilo que não deveremos esquecer.
Entrada actualizada el el 26 may de 2016
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